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Eleitores de escola incendiada em São Luís mudam local de votação

Divulgação/Governo do Maranhão
Os ministros Raul Jungmann (Defesa), de capacete vermelho, ao lado de Gilmar Mendes, visitam local de votação incendiado em São Luís (MA), após onda de ataques
Os ministros Raul Jungmann (Defesa), de capacete vermelho, ao lado de Gilmar Mendes, visitam local de votação incendiado em São Luís (MA), após ataques

Eleitores que deveriam votar na escola Darcy Ribeiro, uma das incendiadas em São Luís (MA nos últimos dias após série de ataques, tiveram a rotina alterada. Agora, deverão votar neste domingo (2) em uma escola infantil vizinha ao prédio atacado.

Neste sábado (1º), o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes, esteve na capital maranhense após a onda de ataques a ônibus e locais de votação ao longo da semana.

Só na madrugada deste sábado, pelo menos sete escolas onde haveria votação foram incendiadas ou depredadas no Maranhão.

Parte das seções eleitorais seria transferida a outros locais, como a Darcy Ribeiro, que foi atacada na noite de quinta-feira (29).

O clima no entorno da escola, no bairro Sacavém, é de preocupação. Moradores ainda comentavam do incêndio no prédio ocorrido. Um deles mostrou fotos do flagrante ataque à escola.

O autônomo Eliezer, que mora há dez anos no bairro, disse nunca ter visto uma violência nestas proporções no local. "A gente ouvia falar muito disso na televisão. Quando acontece conosco é estranho".

Apesar dos ataques, comerciantes do local não haviam sentido queda expressiva no movimento.

PRESÍDIOS

Na avaliação do governo do Maranhão, os ataques são uma reação a mudanças na gestão penitenciária.

Em mensagem divulgada neste sábado, o governador atribui a violência a "organizações criminosas [que] querem amedrontar a sociedade para tentar retomar privilégios que tiveram no passado".

A recente onda de violência começou com uma rebelião no complexo penitenciário de Pedrinhas, no último sábado (24) –local que ficou marcado pela série de decapitações ordenadas por facções criminosas dentro de seus muros, em 2014.

Desde então, ônibus têm sido incendiados em São Luís e região. Na noite desta sexta (30), pelo menos cinco ônibus foram queimados. Um dia antes, três escolas municipais foram atacadas. Não houve mortos ou feridos até agora.

Forças estaduais de segurança anunciaram operações especiais neste fim de semana, como revistas nos presídios e policiamento ostensivo para evitar ataques contra urnas eletrônicas.

O governo do Maranhão disse ter identificado 35 detentos como os mentores dos ataques. Na manhã deste sábado, 23 deles foram transferidos a um presídio federal de segurança máxima, em Mossoró (RN).

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