Tucano lidera com folga, mas Manaus deve ter segundo turno

Candidato à reeleição em Manaus, o tucano Artur Virgílio Neto tem o dobro das intenções de voto que o segundo colocado, o ex-deputado estadual Marcelo Ramos (PR), mas não deve vencer já no primeiro turno.

Segundo a mais recente pesquisa do Ibope, divulgada nesta sexta-feira (30), o tucano tem 44% das intenções de votos válidos, contra 23% de Ramos. Este é apoiado pelo grupo do governador José Melo (Pros), que, impopular, teve participação discreta na campanha.

A disputa ficou dentro dos grupos mais tradicionais da política amazonense. O ex-senador Virgílio busca seu terceiro mandato como prefeito de Manaus –venceu a primeira eleição municipal em 1988. Já foi também deputado federal, assim como o pai e o filho, o também tucano Arthur Bisneto, atualmente no primeiro mandato.

	Euzivaldo Queiroz - 1.set.2012/Divulgação
	Líder nas pesquisas em Manaus, o ex-senador Artur Virgílio faz campanha na cidade no sábado

Nesta eleição, o tucano tem o apoio do ex-adversário Eduardo Braga (PMDB), senador, ex-governador e um dos principais caciques do Estado. Ramos, por sua vez, aliou-se ao deputado federal e ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento (PR) e ao senador Omar Aziz (PSD).

Os últimos dias da campanha têm sido marcados por trocas de acusações entre Virgílio e Ramos em torno da Operação Maus Caminhos, da Polícia Federal. Deflagrada no dia 20, ela investiga suposto desvio R$ 110 milhões no SUS do Amazonas.

Em propaganda na TV, Virgílio afirmou que a fraude se deu na gestão Melo e lembra o apoio do governador a Ramos. Em resposta, o ex-deputado afirmou que um dos empresários investigados assinou contratos com a prefeitura. Ambos negam vínculos com o esquema de corrupção.

OUTROS CANDIDATOS

Segundo a pesquisa Ibope, num distante terceiro lugar, com 10%, está o ex-prefeito e deputado estadual Serafim Corrêa (PSB). Depois, aparecem os demais candidatos: o petista José Ricardo e Silas Câmara (PRB), com 7% cada um, Hissa Abrahão (PDT, 4%), Henrique Oliveira (SD, 2%), Luiz Castro (Rede, 2%) e Queiroz (PSOL, 1%).

A margem de erro é de três pontos percentuais.