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'Não votei em quem votou contra mim', diz Cunha

O ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB) disse na manhã deste domingo (2) que não votou em quem foi favorável à sua cassação na Câmara.

Mauro Pimentel/Folhapress
RIO DE JANEIRO, RJ, 02.10.2016: EDUARDO CUNHA VOTANDO NA ELEICAO - O ex-deputado federal e presidente da Camara dos Deputados, Eduardo Cunha, vota para prefeito e vereador no Centro Educacional Santa Monica, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. (Foto: Mauro Pimentel/Folhapress, FSP-AGENCIA) ***EXCLUSIVO FOLHA***
O ex-deputado federal e presidente da Câmara Eduardo Cunha vota em colégio no Rio

Seu partido concorre à Prefeitura do Rio com o deputado federal Pedro Paulo, que votou pela perda de mandato de Cunha.

"Em respeito ao meu partido eu não vou falar, não vou falar de prefeito, mas com certeza eu não votei em quem votou contra mim", disse Cunha, logo após votar no Centro Educacional Santa Mônica, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Cunha declarou apenas o voto para vereador: Chiquinho Brazão, do PMDB.

Ele chegou ao colégio as 9h10, acompanhando de sua filha, e ficou cerca de 10 minutos no local.

O ex-deputado foi alvo de protestos contrários e favoráveis dos eleitores que estavam no colégio eleitoral. Cunha tirou "selfies" com duas pessoas e foi chamado de "palhaço e babaca" por um homem, enquanto dava entrevista a jornalistas.

"Tem os dois lados da reação. Esse é claramente um petista. Mas tem outras pessoas, como vocês viram, que tiraram fotos comigo", afirmou.

Está é a primeira eleição depois que Cunha teve o mandato cassado e ficou inelegível por oito anos. Ele, no entanto, ainda acredita que poderá concorrer no próximo processo eleitoral.

"Até a próxima eleição muita água vai rolar. Ainda vou entrar com alguns recursos, algumas ações no Supremo, já entrei com embargo na Câmara. Eu não diria a vocês que esse assunto está sepultado", declarou.

Cunha chegou ao colégio as 9h10, acompanhando da filha Camila Dytz Cunha. Os dois ficaram cerca de 10 minutos no local.

LIVRO

"Hoje vou fazer algumas coisas, passar em alguns lugares onde tenho bases, vou visitar esses lugares, vou rodar um pouquinho", afirmou o ex-deputado, sem informar exatamente onde pretendia ir.

O ex-deputado também falou a respeito do livro que está escrevendo, sobre o processo de impeachment.

Cunha disse que tem trabalhado de 15 a 16 horas por dia na obra que, segundo ele, precisa ter o número de páginas reduzida para cerca de 300, "senão o livro vai ficar com mil".

"O livro vai cobrir o período de impeachment e terminar no dia que entreguei para o Renan [Calheiros], no Senado, a decisão da Câmara, dia 18 de abril. A partir daí eu não era mais personagem do processo", explicou Cunha.

"Mas depois disso tem algumas coisas que ainda dão para fazer um 'molhosinho' ali, mas acho que tenho que focar no meu papel", acrescentou.

Cunha adiantou que a publicação não terá tom de denúncia, mas sim "um livro de história".

"Pretendo que o livro sirva de base histórica do processo. Outros até podem escrever depois, mas ninguém poderá desconsiderar o que escrevi na bibliografia. Não há dúvida nenhuma que eu sou parte principal do processo", disse.

O ex-presidente da Câmara não quis comentar sobre o governo Michel Temer, também do seu partido. Cunha disse que ainda é cedo para avaliar.

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