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Lula compara o candidato João Doria ao ex-presidente Collor

Jorge Araujo/Folhapress
Lula vota na Escola Estadual José Firmino Correia de Araujo, em São Bernardo do Campo
Lula vota na Escola Estadual José Firmino Correia de Araujo, em São Bernardo do Campo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria, ao ex-presidente Fernando Collor de Mello.

Sem citar nomes, Lula disse que São Paulo não merece eleger um candidato sobre quem nada se sabe, como aconteceu em 1989.

"Se São Paulo correr o risco de jogar fora a possibilidade de eleger o Haddad para colocar um aventureiro, um aventureiro sobre quem não se sabe nada, uma coisa que surgiu do nada, como o Collor surgiu do nada em 1989, e a imprensa, sobretudo a Globo, pegou de Alagoas, do CRB de Alagoas... São Paulo não merece isso."

Depois de votar sob aplausos e vaias, Lula afirmou ainda que "o PT está se preparando para outro embate" após as eleições municipais. O petista disse que viajará pelo país e só não fará campanha se for impedido. "Só tem um jeito de eles tentarem me parar: é tentar evitar que eu ande pelo Brasil. O dia em que eu não puder mais andar vou andar com as pernas pelo povo."

O ex-presidente ironizou a consistência da denúncia contra ele, dizendo que a palavra "convicção" está depreciada e que a última convicção que tinha [o Corinthians] levou ontem dois gols do Botafogo.

Ele disse também que a palavra convicção está depreciada.

O ex-presidente votou pouco antes das 11h30, em São Bernardo do Campo. Na entrada, era esperado por apoiadores em número menor do que nos anos anteriores.

Dentro do colégio foi chamado de "ladrão" por cerca de seis eleitores, enquanto militantes petistas, embalados pelo deputado Vicentinho (PT), gritavam seu nome.

Lula admitiu a influência da operação Lava Jato no resultado eleitoral, mas minimizou: "Pode influenciar em alguma eleição, mas não no resultado final. Porque tem gente muito mais preocupada com a lavagem das ruas, com a lavagem das escolas, com a limpeza dos hospitais".

Sobre a crise enfrentada pelo partido, Lula disse que os petistas nadaram "muitas vezes contra a maré". "Nasci nadando contra a maré. Deu até bursite", afirmou.

O ex-presidente minimizou o efeito da crise nacional nas eleições municipais, mas defendeu a politização da disputa paulistana. "Se fosse candidato em São Paulo, seria política nacional 24 horas por dia. Confrontar os tucanos com o PT. Confrontar uma estrela guia com uma ave que voa baixinho e come filhote de outros passarinhos, que faz estrago e não é divulgado. Eu toparia o confronto direto."

Lula afirmou ainda que, se o povo de São Paulo for inteligente "como pensa ser", não terá outra alternativa senão votar em Haddad.

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