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Análise

No governo de recuos, Temer recua até da hora do próprio voto

Aloisio Mauricio/Fotoarena/Folhapress
SÃO PAULO, SP - 02.10.2016: ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2016 SP - O Presidente da República Michel Temer vota, em São Paulo, na manhã deste domingo (02) na PUC do bairro das Perdizes zona oeste da capital. (Foto: Aloisio Mauricio /Fotoarena/Folhapress) ORG XMIT: 1210046 *** PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS ***
Michel Temer na PUC, em São Paulo; presidente votou três horas antes do previsto para evitar cruzar com manifestação

A assessoria de imprensa da Presidência da República avisou com antecedência os veículos de comunicação que o presidente Michel Temer votaria às 11h deste domingo (2) em uma seção da PUC-SP.

É praxe em qualquer eleição que o presidente, governadores, prefeitos e candidatos informem a imprensa do horário que pretendem comparecer à urna.

Temer não cumpriu o que anunciara. Sem alarde, apareceu na universidade pouco antes das 8h. Foi um dos primeiros a votar logo após as urnas serem ligadas.

Com uma gestão marcada até agora por sucessivos recuos, Temer teve a proeza de recuar de uma agenda programada e divulgada de sua votação em São Paulo.

Driblou grande parte da imprensa (algumas emissoras conseguiram registrar seu voto, entre elas a TV Brasil, do governo), e escapou de um protesto (chamado de "esculacho") que havia sido organizado por estudantes da PUC contra ele.

Além da manobra no relógio, o presidente da República não acompanhou o candidato do seu partido na cidade em que vota.

A senadora Marta Suplicy, que escondeu a imagem de Temer durante a campanha à prefeitura de São Paulo, não teve o peemedebista ao seu lado neste domingo (2).

O ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) tentou diminuir o estrago. Disse que Temer "não quis fugir" de protestos.

Para o ministro, "não ficou feio ir mais cedo. Os manifestantes é que dormiram demais".

Não é feio antecipar o horário de votar, mas é no mínimo constrangedor que um presidente da República tenha de despistar, na surdina, jornalistas e manifestantes num dia de celebração do voto popular.

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