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Prefeito que fugiu da polícia tenta disputar segundo turno em MG

Reprodução/Facebook
A deputada Raquel Muniz com seu marido, Ruy Muniz
Ruy Muniz (PSB) ao lado da mulher, a deputada Raquel Muniz

Depois de fugir da polícia e ter a chapa cancelada pela Justiça Eleitoral, o prefeito afastado de Montes Claros (norte de Minas), Ruy Muniz (PSB), conseguiu votos suficientes para disputar o segundo turno no município.

Sua defesa recorre ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que a chapa, que recebeu 48 mil votos, seja validada. "A gente apresentou recurso e deve ter uma resposta durante a semana", afirma a advogada de Muniz, Marilda Marlei.

Ele ainda é considerado foragido, mas não pode ser preso no período de 48 horas após a votação.

O vencedor da eleição em Montes Claros foi o candidato do PPS, Humberto Souto, que teve 76 mil votos. Como os votos para Muniz não têm validade atualmente, Souto vence a eleição em primeiro turno, com 54% dos votos válidos.

Caso o TSE reverta a decisão contra o prefeito afastado, esse número cai para 40% contra 25% de Muniz.

Ruy Muniz foi considerado foragido pela Justiça no dia 15 de setembro, quando teve um mandado de prisão expedido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Foi a segunda vez que ele teve a prisão decretada em cinco meses, por motivos diferentes.

Ele reapareceu dias depois, beneficiado por estar em campanha, já que a legislação eleitoral não permite candidatos sejam presos 15 dias antes do pleito, a não ser em flagrante delito.

VOTO DO IMPEACHMENT

Muniz ficou conhecido nacionalmente por ter sido preso um dia depois de sua mulher, a deputada federal Raquel Muniz (PSD), ter votado pela abertura de processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff, em abril.

Em seu voto, ela disse que tomava aquela decisão "para dizer que o Brasil tem jeito" e que "o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão".

A PF suspeita que ele inviabilizou o funcionamento de hospitais públicos e filantrópicos para beneficiar um hospital de sua família. Muniz nega as acusações.

Ele foi solto em julho e registrou a chapa para se reeleger, mas a Polícia Civil deflagrou outra operação, chamada Tolerância Zero, que apura suposta fraude na compra de combustível pela prefeitura da cidade.

O nome da operação faz referência a uma das marcas da gestão Muniz em Montes Claros, cujo slogan era "Tolerância Zero Contra a Corrupção".

Sua chapa foi cancelada por um juiz eleitoral no último dia 16, após o candidato a vice-prefeito Danilo Narciso (PMDB) apresentar renúncia. Na ocasião, Narciso disse que agia "de acordo com princípios éticos e morais". A decisão foi mantida pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Estado.

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