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Candidatos a prefeito chegam ao 2º turno no Rio com menor votação desde 1992

Fotomontagem
Marcelo Crivella e senador pelo PRB/RJ.2015 FOTO: DIVULGACAO ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***//RIO DE JANEIRO, RJ, 15-09-2016 - O candidato a prefeitura do Rio de Janeiro Marcelo Freixo durante um comicio no Largo da Carioca Foto: Mídia NINJA/dIVULGACAO ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Os candidatos à Prefeitura do Rio, Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL)

Os dois candidatos que disputam o segundo turno no Rio não conseguiram, somados, mais de 50% dos votos válidos na primeiro etapa da eleição. É a primeira vez que isso ocorre desde 1992, primeiro pleito municipal com dois turnos.

Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL) alcançaram juntos 46,04% dos votos válidos, o que deixa agora mais da metade do eleitorado que compareceu à votação e não anulou o voto sem um candidato natural.

O número de candidatos não explica o pouco acúmulo de votos dos dois primeiros colocados. Foram 11 candidatos este ano, número que só supera os 8 que disputaram 2012, quando o prefeito Eduardo Paes (PMDB) foi reeleito no primeiro turno, e os 10 de 2004, na reeleição de César Maia (PFL).

A fragmentação este ano foi provocada principalmente pela escolha de Pedro Paulo (PMDB) como candidato à sucessão por Paes.

VOTOS SOMADOS - Juntos, Freixo e Crivella tiveram o pior desempenho entre os que chegaram ao 2º turno no Rio

Fragilizados em razão da investigação de agressão à ex-mulher, depois arquivada, muitos partidos da base do prefeito decidiram lançar nomes como Flávio Bolsonaro (PSC), Índio da Costa (PSD) e Carlos Roberto Osório (PSDB).

Neste cenário, Freixo é o candidato com o mais baixo percentual a chegar num segundo turno. Ele obteve 18,26% dos votos válidos. Antes, o mais baixo percentual foi de César Maia em 1992, à época no PMDB, quando registrou 21,79% dos votos válidos –ele venceria a eleição contra Benedita da Silva (PT).

Crivella e Freixo terão de buscar o eleitorado que optou por outros candidatos no primeiro turno. O mapa da votação por zona eleitoral mostra que a Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeiras e Vargem Grande são as regiões onde há o maior percentual e quantidade de "votos soltos" na cidade. Foram as duas únicas zonas eleitorais em que Pedro Paulo venceu.

O senador afirmou que vai tentar consolidar seu domínio nas zonas oeste e extremo norte, próximo aos municípios da Baixada Fluminense. Nessas regiões, ele superou 35% dos votos válidos e Freixo teve maus resultados.

Editoria de Arte/Folhapress

Um dos objetivos do senador é atrair os eleitores de Flávio Bolsonaro, cujas áreas com melhor resultado coincidem com bons desempenhos de Crivella.

Freixo afirmou que, no segundo turno, "não dá para escolher onde fazer campanha". Disse que pretende aumentar a presença na zona oeste, onde teve votação abaixo dos 10% dos votos válidos.

Afirmou também que quer fortalecer o eleitorado da zona sul, área em que Crivella teve os piores resultados.

Para atrair eleitores de Índio e Osório, Freixo vai recusar a presença do ex-presidente Lula em seu palanque no segundo turno. O PT deve apoiá-lo contra Crivella.

"A nacionalização do debate já ocorreu. Agora é hora de aprofundar as diferenças de concepção de cidade, debate sobre programa", disse Freixo, que ainda recusou a presença de Marina Silva, cujo partido, a Rede, também deve apoiá-lo.

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