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Freixo agrediu fotógrafo no enterro do irmão, em 2006

O deputado Marcelo Freixo (PSOL), candidato à Prefeitura do Rio, agrediu há dez anos um fotógrafo durante o enterro de seu irmão. O caso chegou a ser registrado na polícia, mas não gerou uma ação penal.

O fotógrafo Bruno de Lima foi alvo de socos e chutes do candidato do PSOL após registrar de perto o enterro de Renato Freixo, assassinado em Niterói em julho de 2006.

Reprodução/Facebook Bruno de Lima
Fotógrafo carioca relata ter sido agredido por Marcelo Freixo (PSOL) em 2006
Fotógrafo carioca relata ter sido agredido por Marcelo Freixo (PSOL), de vermelho na foto, em 2006

À época, Marcelo Freixo ainda não era deputado. Ele atuava como pesquisador da ONG Justiça Global, mas já era conhecido pela luta dos direitos humanos e pelo trabalho nos presídios. Ele conquistou seu primeiro mandato três meses depois.

"Nessas situações, sempre fotografo de longe, para não ser invasivo ou desrespeitoso. E foi o que fiz. Mas diferente de tudo que tinha visto até então, quando apontei a câmera para a frente, vi alguém largando o caixão e correndo até mim. Não deu tempo de processar o que estava acontecendo. Só deu tempo de me abaixar, tentando proteger o meu equipamento e receber socos e chutes de alguém, que vim a descobrir que era o próprio Marcelo Freixo", escreveu Lima em sua página no Facebook.

O caso foi registrado na 76ª DP, mas não gerou um processo. Freixo afirma que Lima não respeitou um pedido de sua mãe de não fotografar o filho no caixão.

"Quando a gente fecha o caixão, que é o momento mais doloroso quando a gente perde um ente familiar, ele vem e fotografa de perto o caixão com a minha mãe. Não há justificativa, eu errei. Empurrei, dei um chute nele. Foi uma agressão que não se justifica. Mas tinha um contexto, o enterro do meu irmão e um desrespeito profundo desse profissional com a minha mãe", afirmou o candidato.

Freixo disse que Lima já havia sido expulso do velório, sem violência, por não atender aos pedidos da família. O fotógrafo, porém, diz que a primeira repreensão não ocorreu. Ele diz que chegou atrasado ao local e não tinha conhecimento do pedido da mãe.

"Mesmo tentando proteger o meu equipamento, meu ganha pão, ele conseguiu quebrar o flash. Como pode Marcelo Freixo, o paladino da justiça, o pacifista, me arrebentar na porrada? Já fotografei dezenas de enterros, de traficantes a policiais, e nunca vi um deles vir correndo para me bater", escreveu Lima.

Freixo divulgou nesta segunda-feira (24) uma carta-compromisso com sete pontos, que incluem "garantir o equilíbrio do orçamento municipal", "dialogar com o governo estadual, a União e Câmara dos Vereadores", e "respeitar os contratos em situação regular".

O objetivo é tentar reduzir sua imagem como uma possível ameaça à estabilidade fiscal do município e ao setor empresarial.

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