Na reta final, Crivella decide atacar a imprensa e se recolhe

O senador Marcelo Crivella (PRB), candidato à Prefeitura do Rio, decidiu na reta final da eleição se recolher e atacar a imprensa. Ele faltou a entrevistas marcadas no rádio e na TV, além de criticar a Rede Globo na propaganda.

O candidato faltou às entrevistas marcadas para esta terça-feira (25) na rádio CBN e no RJTV 2ª edição. No segundo caso, disse que era um "ato de protesto" e um "apelo a favor da democracia e da liberdade de imprensa".

Na propaganda, Crivella acusa a emissora de "tentativa de manipulação" do resultado eleitoral. Atribui à Globo e "Veja" uma suposta intenção de "mudar a vontade do povo" e "alterar o resultado das eleições".

"A missão de um veículo jornalístico é revelar fatos importantes, incômodos ou não, envolvendo as candidaturas. A TV Globo tem feito isso de forma isenta, com os dois candidatos em disputa pela Prefeitura do Rio", afirmou a TV Globo, em nota lida durante o RJTV 2ª edição.

As perguntas que seriam dirigidas ao candidato foram lidas ao vivo, com cadeira em que ele sentaria vazia. Procedimento semelhante teve a CBN, que foi avisada sobre a ausência do senador nove minutos antes do horário marcado. Ele afirmou que passou o dia em Brasília.

Desde o fim de semana, Crivella passou a evitar a imprensa. Deixou de divulgar agendas e falta a entrevistas marcadas. A última de que participou foi na segunda-feira (24), no SBT, onde ofendeu "O Globo" e a revista "Veja".

"Eu não posso ter culpa dessa imprensa que a gente tem no país. Corrupta, venal, vendendo capa de revista. Infelizmente sou vítima disso a uma semana [da eleição]."