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Jornalista, atuou como repórter e editor. É autor de "Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro".

Fantasmas de carne e osso

Funcionários da Alerj nem precisam de crachá

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O Palácio Tiradentes tem fama de mal-assombrado. Há quem ouça, durante as madrugadas, estalos, passos e sons de correntes no local onde antes existia a Cadeia Velha. Fantasmas risíveis se comparados aos de carne e osso.

Três dos últimos presidentes da Casa estão presos por corrupção: Sérgio Cabral (que ali começou a montar sua quadrilha), Jorge Picciani e Paulo Melo. O relatório do Coaf, que deu origem à quebra de sigilo bancário e fiscal do senador Flávio Bolsonaro (deputado estadual entre 2003 e 2018), preocupa o governo federal. A partir dele, serão possíveis desdobramentos para investigações sobre milícias, a primeira-dama Michelle Bolsonaro e até a ex-mulher do presidente. E preocupa a Assembleia Legislativa: figura no radar de apuração das ilegalidades o atual presidente, André Ceciliano, e outros sete deputados.

Entre comissionados e concursados, a Alerj tem mais de 5.000 servidores (fora os 70 deputados, número variável conforme as prisões). Muitos deles nem precisam de crachá. Só o ex-PM Fabrício Queiroz, na época em que assessorava Flávio Bolsonaro, indicou sete funcionários, incluindo sua esposa e filha. O gasto mensal com o pagamento de salários pode ultrapassar R$ 50 milhões.

Amigo do presidente Bolsonaro, Queiroz cresceu nas entranhas e rachadinhas da Alerj. Lá aprendeu 
“a fazer dinheiro”, como se vangloria. Um ás das finanças que pôs por terra a tendência mundial do plástico como forma de pagamento. Com ele, só dinheiro vivo. Pagou em espécie uma conta de R$ 133,58 mil ao hospital Albert Einstein. E tomou chá de sumiço. 

A mais recente assombração é Rodrigo Amorim, que, antes de se tornar o deputado estadual mais votado e quebrar uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco, assumiu dois cargos comissionados, ao mesmo tempo, em cidades diferentes. A informação está no blog do jornalista Ruben Berta.

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