Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".
Acionistas das Americanas devem depor em CPI sobre fraude
Os três grandes dificilmente escapam da Comissão Parlamentar de Inquérito
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Os três grandes acionistas da rede varejista Americanas dificilmente escapam de depoimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito que trata da quebra da rede e da fraude que havia na sua gestão.
É provável que sejam tratados com cortesia, mas devem se preparar para responder à seguinte pergunta de um deputado: Os senhores não estavam na direção da Americanas e eu acredito nisso. Sendo um empresário bem-sucedido, o senhor não viu a fraude de dezenas de bilhões de reais. Se o senhor me diz que não sabia das malfeitorias do gerente da loja da praça Marechal Deodoro, na minha cidade, eu entenderia. O que o senhor quer que eu entenda?
O repórter Lauro Jardim revelou que os diretores da rede (nada a ver com os grandes acionistas) venderam R$ 244 milhões de ações da empresa no segundo semestre de 2022, quando ela emborcou. Um ano antes, um deles (Márcio Cruz) comprou uma casa no Jardim Pernambuco, no Leblon, por R$ 32,6 milhões, pagos à vista.
A falta de sorte do reitor
Mexer com estudantes não traz sorte. Em 2007, o diretor da Faculdade de Direito da USP, João Grandino Rodas chamou a tropa de choque da PM para desalojar alunos que ocupavam parte do prédio. Afrontou a lição do reitor Pedro Calmon, que disse ao comandante da tropa da PM do Rio que pretendia desocupar a Faculdade de Direito: "Aqui só se entra com vestibular".
Na semana passada, Grandino Rodas foi condenado a pagar uma indenização por ter celebrado um acordo com um banqueiro e um advogado. Os dois pagariam a reforma de um auditório, banheiros e uma sala de aulas. Em troca, ganhariam placas homenageando-os.
Grandino foi condenado por não cumprir os trâmites da faculdade. Tudo bem, mas penalizar diretores que aceitam doações e prestam as devidas contas é um desestímulo para quem pensa em dar dinheiro para as combalidas universidades públicas.
Zanin no STF
Cristiano Zanin é um homem de poucas palavras, mas no Supremo Tribunal Federal continuará seguindo hábitos de sua vida de advogado.
Não há registro de que tenha feito palestras remuneradas.
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