Siga a folha

MST avalia que obteve vitória política com mobilização ao retomar diálogo com governo

Invasões ocorreram em ao menos nove fazendas; entidade reafirma apoio ao governo Lula

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Lideranças do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) avaliam que a mobilização nacional da entidade realizada neste mês de abril gerou resultados positivos com a abertura do diálogo com o governo na retomada do debate sobre a reforma agrária.

A chamada Jornada Nacional de Luta pela Terra e pela Reforma Agrária teve a invasão de ao menos nove fazendas, incluindo uma área que pertence à Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), além de sedes do Incra em ao menos sete unidades da federação.

Segundo o MST, a mobilização aconteceu em 18 estados, sem qualquer incidente. "Em toda nossa história, só conseguimos conquistas com muita luta e este ano não foi diferente", diz Ceres Hadich, da direção nacional do movimento.

Trabalhadores do MST participam de audiência pública na Assembleia Legislativa da Bahia - Luara Del Chiavon/MST

"Nossa impressão geral é de abertura do governo para atender nossa pauta, com o governo abrindo negociação e criando grupos de trabalho para atendê-la", completa.

Dirigentes do MST se reuniram com diversos órgãos como Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

Um dos resultados práticos é que foram trocados os comandos do Incra em 19 estados, além do Distrito Federal. A entidade cobrava a exoneração de quadros ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Permanecem sem mudanças as chefias de Minas Gerais, Amazonas, Alagoas, Tocantins, Rondônia, Roraima e Amapá.

Segundo Hadich, a Secretaria-Geral da Presidência e o MDA assumiram também o compromisso de lançar em maio um plano de reforma agrária, com "medidas, metas e um cronograma".

A dirigente afirma ainda que o MST segue apoiando o presidente Lula (PT), o atual governo, "à democracia e às lutas pelo programa de mudanças sociais que venceu as eleições".

OUTRAS AÇÕES

Para a entidade, o governo também deu uma sinalização positiva com relação à regularização de famílias ocupantes de lotes de reforma agrárias, como filhos de assentados que os pais morreram e outras situações.

O movimento também se reuniu com o ministro da Educação, Camilo Santana, para debater temas como, a ampliação do orçamento para a educação do campo, a retomada de obras de construção de escolas paralisadas nos últimos anos e o desenvolvimento de uma política de alfabetização de jovens e adultos em áreas rurais. De acordo com a entidade, Camilo propõs a criação de grupos de trabalho para a execução das propostas.

As invasões do MST no mês de abril marcam os 27 anos do massacre de Eldorado do Carajás, quando 19 trabalhadores sem-terra foram mortos por tropas da Polícia Militar do Pará em 1996. A entidade defende a reforma agrária, o investimento para agricultura familiar e acesso a crédito para a produção de mais alimentos.

Na última semana, o coordenador nacional do MST, João Paulo Rodrigues, descartou promover uma onda de invasões de propriedades no Abril Vermelho. Ele disse que disse que devem ocorrer ocupações pontualmente, mas não dezenas ou mesmo centenas, o que caracterizava a jornada anual do movimento.

Diante das invasões, a bancada do agronegócio tem pressionado o presidente da Câmara a abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o MST.


NA TV

O médico cardiologista Roberto Kalil Filho recebeu convidados no lançamento do novo formato do programa CNN Sinais Vitais, que ele comanda na CNN Brasil. A apresentadora e gerente de conteúdo da emissora, Letícia Vidica, e a repórter Carolina Marcelino prestigiaram o evento, que ocorreu na terça (18), em São Paulo. O vice-presidente de conteúdo e operações da CNN Brasil, Virgilio Abranches, também passou por lá. O novo formato do CNN Sinais Vitais estreia na próxima segunda (24).

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas