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Carlos Bolsonaro está na praia com o pai e aciona advogados

Ex-presidente está com os três filhos na praia de Mambucaba, uma vila histórica de Angra dos Reis

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O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) acordou nesta segunda (29) com a notícia de que era um dos alvos da Polícia Federal quando se preparava para passar mais um dia na praia com o pai.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está com os três filhos, Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro, na praia de Mambucaba, uma vila histórica de Angra dos Reis (RJ), onde tem uma casa de verão.

Carlos Bolsonaro e seu pai, o então presidente Jair Bolsonaro, antes de debate entre candidatos à Presidência nos estúdios da TV Globo, no Rio de Janeiro - Eduardo Anizelli - 29.set.2022/Folhapress

Bolsonaro e os três filhos, inclusive, gravaram uma live no domingo (28) para falar sobre as investigações de uma suposta "Abin Paralela", que teria funcionado no governo dele sob o comando do hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Ao receber a notícia, Carlos e o pai acionaram assessores e advogados para tentar se inteirar melhor das informações sobre as buscas e apreensões que têm como alvo o vereador.

Carlos teria virado alvo depois de buscas e apreensões de celulares e computadores em imóveis de Ramagem que mostrariam que o vereador foi um dos destinatários de informações que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) coletava sobre adversários políticos da família, que seriam espionados ilegalmente.

Além de Carlos, os policiais também investigam suposto uso da agência para favorecer Flávio e Jair Renan, como mostrou a Folha. Na live de domingo, Bolsonaro negou a existência de uma Abin paralela, disse que a investigação é apenas uma "narrativa" e chamou Ramagem de "cara fantástico".

A PF deflagrou na última quinta-feira (25) a operação Vigilância Aproximada, uma continuação da Operação Última Milha, iniciada em outubro de 2023. Ambas envolvem o uso do software espião FirstMile pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) sob o governo Bolsonaro.

A PF investiga se a agência utilizou o software de geolocalização e se produziu relatórios sobre ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e políticos adversários do ex-presidente.

No caso de Jair Renan, filho mais novo de Bolsonaro, a Abin teria atuado para ajudá-lo, já que ele era alvo de investigação pela PF sobre as relações com empresas que mantinham e tinham interesse em contratos com o governo federal.

Agentes da Abin tentaram atrapalhar a investigação e coletar informações com o objetivo evitar "riscos à imagem" de Bolsonaro.

Um policial federal lotado na Abin chegou a seguir um dos alvos da investigação, que, desconfiado, acionou a Polícia Militar. O policial foi ouvido pela PF e confirmou que trabalhava diretamente com Ramagem e que recebeu a missão de levantar informações sobre o caso investigado.

Flávio, por sua vez, teria sido beneficiado com a atuação da Abin para levantar informações contra auditores da Receita Federal.

O filho de Bolsonaro à época era investigado no caso da "rachadinha" da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) e tentou apontar irregularidades na Receita como forma de anular a apuração.

Após uma reunião das advogadas de Flávio com Bolsonaro, agentes da Abin teriam produzido relatórios sobre como o senador deveria atuar para se livrar das investigações.

Em nota, Flávio Bolsonaro disse ser mentira que Abin tenha atuado para favorecê-lo. "Isso é um completo absurdo e mais uma tentativa de criar falsas narrativas para atacar o sobrenome Bolsonaro", afirmou.

Advogado de Jair Renan, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral Admar Gonzaga disse à Folha que o filho mais novo de Bolsonaro "não tem nada para esconder que precise de atuação de quem quer que seja, sobretudo de forma ilegal".

Ele também classificou a apuração que envolve Jair Renan como "obra de ficção" e "narrativa que não tem pé nem cabeça". "Não foi comprado o equipamento na época do [ex-]presidente Bolsonaro. O que eu estou vendo é especulação política sobre essa questão", declarou.

Na "superlive" de domingo, Bolsonaro negou que informações de serviços oficiais de inteligência chegassem até ele. "Eu não tenho inteligência da Abin, da PF, da Marinha, do Exército. Uma vez fui no centro de inteligência do Exército, o pessoal fez uma demonstração [e eu falei:] 'E aí, não chega nada para mim, só fica com vocês aqui?'".

"Muitas vezes eu ligava para um posto militar de um cantão desse Brasil, atendia um cabo, essa era minha inteligência, essa é confiável, porque essas oficiais, respeitosamente, para mim não chegava nada. Converso com pessoas de confiança minha", disse ainda.


AQUECIMENTO

A médica e apresentadora Thelma Assis participou do terceiro ensaio aberto do bloco paulistano Acadêmicos do Baixo Augusta, realizado no Galpão Cultural do MST, na região central de São Paulo, no domingo (28). Thelminha, como é conhecida, será a Diva do Baixo Augusta no cortejo deste ano. A atriz e bailarina Márcia Araújo Dailyn, musa do bloco, e o ex-secretário Alê Youssef, um dos fundadores do grupo, estiveram lá. A cantora Bruna Pazinato foi uma das atrações do evento.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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