A cúpula do PL trata como algo natural receber a filiação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. O casamento entre Tarcísio e o Republicanos poderá chegar ao fim, se a sigla embarcar na base de apoio ao governo Lula.

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, está confiante na vinda do governador e disse aos mais próximos que o seu partido está de braços abertos.

Ele, no entanto, pretende "jogar parado", sem fazer movimentos ostensivos. A avaliação é que o PL é a única alternativa real para o governador.

O futuro de Tarcísio poderá ser selado neste final de semana, após uma reunião entre ele e a a executiva do Republicanos.

O Painel apurou que já no ano passado, Tarcísio só não filou ao PL para concorrer ao Governo de São Paulo por um acordo entre Valdemar e Marcos Pereira, presidente do Republicanos. Na ocasião, Pereira pleiteou a filiação de Tarcísio para dar sequência ao seu apoio em Jair Bolsonaro, que tentaria se reeleger.

O PL, então, direcionou suas forças para Bolsonaro. Na sequência, Valdemar abriu mão do cargo de vice na chapa de Tarcísio, cedendo para Gilberto Kassab, chefe do PSD, sob a condição de Kassab manter-se neutro na eleição presidencial.

Principal articulador na campanha de Tarcísio em São Paulo, Kassab manteve-se calado diante da polarização de Bolsonaro e Lula em 2022.

Outro argumento do PL para receber Tarcísio, é o fato de possuir a maior bancada de deputados na Assembleia Legislativa de SP, 19 ao todo —assim como o PT.

Em evento nesta quarta (9), o governador disse ser contra o apoio a Lula e admitiu deixar o Republicanos. "Não gostaria de ver meu partido fazendo parte da base do governo. É uma coisa que vou avaliar com o partido", disse Tarcísio.