Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Artigo cobrando que Folha chame Israel de terrorista gera disputa de manifestos
Salem Nasser, da FGV, escreveu que critério usado pelo jornal para classificar o Hamas deveria ser utilizado para o Estado judeu
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A publicação pela Folha do artigo "Guerra, terror e ultraje seletivo", de Salem Nasser, professor de direito internacional da FGV Direito-SP, motivou uma disputa de abaixo-assinados em repúdio e apoio ao docente.
No texto, publicado em 10 de outubro, Nasser afirma que a decisão do jornal de se referir ao Hamas como grupo terrorista deveria também ser aplicada a Israel e seus governantes.
Para o professor, Israel seria um Estado terrorista por violar "todas as normas possíveis do direito humanitário" e promover "a limpeza étnica" do povo palestino.
Na segunda-feira (16), foi criado um abaixo-assinado na plataforma Change.org em que a FGV, na qual trabalha Nasser, é alvo de repúdio.
O texto diz que a instituição deve ter uma posição firme contra quem se utiliza de seu nome "para disseminar um discurso de ódio contra qualquer indivíduo ou minoria e para apoiar atos terroristas". A página conta atualmente com 7.065 assinaturas. Não é possível saber o nome dos signatários.
Em reação, o abaixo-assinado "Pela liberdade acadêmica e em defesa do professor Salem Nasser" foi publicado no dia seguinte na mesma plataforma. Com 8.425 subscrições até o momento, o texto repudia o abaixo-assinado anterior e diz que é absolutamente inaceitável afirmar que Nasser "promove o ódio, apoia e justifica atos terroristas" e insinuar que ele deveria ser punido pela faculdade.
Nesta quarta-feira (18), Nasser publicou em suas redes sociais um vídeo de agradecimento às pessoas que saíram em sua defesa.
Os ataques do Hamas a Israel e a reação posterior do Estado judeu contra a faixa de Gaza têm acirrado os ânimos no ambiente universitário.
Na semana passada, o professor Michel Gherman abandonou um debate na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) após ter se sentido hostilizado por estudantes que não viram nele condenação ao grupo palestino.
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