Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
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Com a reabertura dos cemitérios, as vendas das floriculturas no Dia de Finados devem superar o resultado da data no ano passado, mas enfrentam obstáculos como inflação e pandemia.
A cooperativa Veiling Holambra, que reúne mais de 400 produtores, diz que é possível até alcançar o patamar anterior à pandemia. A expectativa é avançar 20% em relação à data de 2020.
Segundo a cooperativa, no feriado de 2019 foram comercializadas cerca de 15 milhões de unidades. No ano passado, com as restrições da Covid, as vendas caíram 15%.
O mercado de flores Ceaflor diz que a oferta de produtos subiu 60% em relação a 2020, mas o volume atual não chega à metade do que foi vendido no Dia de Finados de 2019.
E a inflação deve corroer parte dos ganhos.
Segundo o Ceaflor, que reúne 350 empresas em um complexo comercial em Holambra (SP), as flores mais procuradas nesta época, como crisântemos e kalanchoes, estão em média 20% mais caras com a inflação de energia, embalagens, combustível e defensivos.
Nas redes Extra e Pão de Açúcar, a expectativa é de aumento de dois dígitos na venda de flores em relação à data de 2020. A empresa diz que vai segurar os preços neste ano, negociando diretamente com fornecedores.
O Ibraflor (Instituto Brasileiro de Floricultura) afirma que ainda há insegurança sobre o resultado do feriado de 2021 para o setor, porque os idosos, que costumam visitar cemitérios, ainda não estão saindo de casa como antes.
Para reverter o cenário, a entidade diz que, desde o ano passado, tem tentado estimular outros hábitos de consumo, com campanhas de incentivo à compra de flores para homenagear os parentes em casa.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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