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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Exportação da safra de algodão demandou mais navios no Brasil

País é o segundo maior exportador da commodity; vendas devem melhorar balança comercial

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São Paulo

A safra de algodão neste ano obrigou a companhia de navegação Maersk a enviar mais navios para a costa brasileira a fim de garantir o escoamento da produção destinada à exportação. A maioria dessas embarcações extras chegou ao Porto de Santos, o principal ponto de saída da commodity.

A qualidade da pluma da safra nacional 2022/2023 colaborou com o interesse do mercado externo. O Brasil é o segundo maior exportador do produto no mundo. O primeiro colocado está com o pódio ameaçado, devido à seca e ao calor no estado americano do Texas, principal produtor.

Plantação de algodão - Divulgação

A previsão do setor é fechar 2023 com 1,4 milhão de toneladas exportadas —a produção total deverá chegar a 3 milhões.

Na avaliação da presidente da Maersk para a Costa Leste da América do Sul, Karin Schönner, o algodão terá destaque na balança comercial do segundo semestre.

Os negócios no setor devem ajudar a melhorar o resultado das exportações brasileiras, apesar do clima de incerteza com a situação política na Argentina e com a demanda enfraquecida de Estados Unidos e Europa.

O primeiro semestre, diz Karin, foi "calmo e tranquilo", afetado por certa cautela em toda a cadeia, passando pelo consumidor final, pelo varejo e pela indústria. O ritmo mais lento dos negócios levou ao aumento nos estoques.

Somente para Estados Unidos e Canadá, a queda nas exportações foi de 18,8% no primeiro semestre, na comparação com o ano anterior. Com o Mercosul, a queda foi de 33,8%.

Os estoques altos levaram a Maersk a entrar em um novo negócio, a armazenagem de curto prazo, na qual converteu contêineres em depósitos para desafogar os galpões de seus clientes.

Segundo Karin, o serviço integra a estratégia da empresa de oferecer serviços integrados. Isso ocorre também no transporte do algodão: o produto vai para o terminal logístico do grupo em Rondonópolis (MT) e, de lá, é embarcado até Santos.

Os operadores marítimos que atuam no Brasil estão na expectativa de sentar com o novo ministro de Portos e Aeroportos para discutir a capacidade dos terminais portuários brasileiros. Nos períodos de pico do escoamento da safra de grãos são comuns os relatos de engarrafamento de caminhões e mesmo de navios.

Silvio Costa Filho assumiu a pasta no dia 13 de setembro. Ele descartou a privatização do terminal de Santos, mas afirmou que há possibilidade de o governo promover parceiras com a iniciativa privada para a melhoria dos terminais.

Com Diego Felix

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