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Como indivíduos podem redefinir o futuro com IA generativa

Na Quinta Revolução Industrial, que alinha tecnologia à inteligência humana, é hora de unir forças e repensar o papel social da tecnologia

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Rodrigo Baggio

Empreendedor social, fundador da ONG de empoderamento digital Recode e membro do Catalyst 2030

Vivemos um momento sem precedentes na história, marcado por transformação digital que não só redefine fronteiras do possível, mas também desafia nossa capacidade de adaptação.

A Quinta Revolução Industrial, com Inteligência Artificial Generativa (IAG) em seu centro, promete remodelar nossas vidas, mas exige de nós participação ativa para garantir que essa transformação beneficie a todos.

A Primeira Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra em 1760, foi responsável por uma série de mudanças significativas que redefiniram produção, trabalho e sociedade. Ela marcou a industrialização mundial e a introdução de máquinas para transformar a matéria-prima em produto final, de forma padronizada e escalonada.

Iniciativa da Recode tem como foco democratização da inteligência artificial - Divulgação

A Segunda Revolução veio em 1850, com o uso do petróleo e da eletricidade como fontes de energia, e a Terceira Revolução, por sua vez, aconteceu a partir de 1950, marcando a chegada dos computadores e da internet.

Já a Quarta Revolução começou em 2010, com tecnologias exponenciais como IA (inteligência artificial), robótica, biotecnologia e realidade virtual.

Desde 2017, vivemos a Quinta Revolução Industrial, iniciada com o objetivo de alinhar tecnologia à inteligência humana. Hoje, já conseguimos ver a aplicação da IA em quase tudo o que conhecemos. Essa tecnologia visa aumentar a colaboração entre seres humanos e sistemas inteligentes, para que, juntos, eles consigam otimizar produção e eficiência das empresas.

A IAG emergiu de pesquisas conduzidas em instituições de ensino e laboratórios de pesquisa na América do Norte e na Europa. Trata-se de uma manifestação poderosa até o momento atual, capaz de criar conteúdo autônomo e inovador, o que representa avanço em relação às capacidades anteriores de IA.

Ela está presente em tecnologias como ChatGPT, Google Gemini, Jasper, Bing Chat, DALL-E 2 e Midjourney, apps de edição de fotos e vídeos, automação e assistência virtual. Uma adição recente é a Sora, uma IAG que converte texto em vídeo, ampliando as possibilidades de comunicação visual.

No Brasil, apesar do avanço na conectividade, em 2023, cerca de 29 milhões de brasileiros não tinham acesso à internet. Essa desigualdade evidencia a importância de organizações dedicadas ao empoderamento digital, como a Recode, que, em março de 2024, completa 29 anos de atuação nesse campo.

Com 1.050 centros de empoderamento digital espalhados por 12 países e impactando mais de 1,8 milhão de pessoas, a Recode está agora focada em democratizar e humanizar a IAG.

Uma de nossas iniciativas mais recentes reuniu líderes comunitários, educadores e estudantes de diversas comunidades para explorar como a tecnologia pode ser aplicada em contextos sociais e de inovação. Essas lideranças também foram responsáveis por criar protótipos de soluções de impacto social para suas comunidades.

Em 2023, nasceu a ideia de uma coalizão pela democratização da inteligência artificial, que, depois de muito trabalho, foi lançada inicialmente com parceria entre as organizações Recode, Accenture, Microsoft, B3 e Catalyst 2030.

A iniciativa deu origem a uma nova trilha de aprendizado, nomeada "impactAI", que terá início ainda neste mês e capacitará pessoas em uma trilha completa sobre IAG para inovação social, incluindo, ainda, língua portuguesa, inglês, matemática e lógica.

A iniciativa terá início em seis favelas do Rio de Janeiro. Além de ter como objetivo central o envolvimento e a mobilização de mais empresas no projeto, vamos criar outras soluções de IAGs para impacto. A intenção é que os primeiros alunos formados possam ajudar a escalar o projeto e servirem como exemplos no G20.

Medidas como essa são parte de um trabalho a várias mãos, que contribui ativamente para políticas públicas do país e busca viabilizar e democratizar o uso da ferramenta de forma ética, seguindo princípios que prezam pela veracidade de dados.

A atuação da Recode na Quinta Revolução Industrial se expande para assegurar que avanços tecnológicos sejam acessíveis e benéficos para todos. Afinal, estamos em um ponto de inflexão histórico, em que a tecnologia oferece possibilidades extraordinárias.

Recode, Accenture, Microsoft e B3 se uniram para criar trilha de aprendizado de IAG - Divulgação

Para que isso alcance a todos, independentemente de localização, condição socioeconômica ou qualquer outra barreira, é necessária a colaboração de governos, empresas, ONGs e indivíduos, em esforço conjunto para democratizar o acesso à tecnologia.

Agora é o momento de unir forças e repensar o papel da tecnologia em nossa sociedade, assegurando que toda voz e potencial sejam ouvidos e explorados neste movimento.

Assim, poderemos moldar um futuro em que a tecnologia atue como força motriz para promover empoderamento digital, inovação, e principalmente, humanização.

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