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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

Descrição de chapéu Futebol Internacional

O que explica Abel e Sampaoli terem rejeitado a Premier League para ficarem no Brasil?

Palmeiras e Flamengo pagam mais do que o Brighton, que sondou os dois técnicos

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Jornalista não tem amigos. Tem fontes. E nem sempre serve preservá-las. Ouvir uma história, checar, acreditar, publicar e, ao ser contestado, dizer que uma fonte contou. A partir do momento em que se divulga e preserva-se a origem, o dono da história é o repórter.

Neste caso, o colunista.

O preâmbulo serve como defesa para as conversas abaixo terem interlocutores secretos. Pela certeza da veracidade e a descoberta de como anda o mercado de treinadores do Brasil, comparado com times pequenos da Europa.

Jorge Sampaoli em ação como técnico do Olympique de Marseille, na França - Stephane Mahe - 8.mai.22/Reuters

O que explica Abel Ferreira e Jorge Sampaoli terem sido sondados pelo Brighton, quarto colocado do Campeonato Inglês, e não cogitarem a mudança?

Jorge Sampaoli quer ser o próximo técnico do Flamengo. Já faz tempo que sua presença no Rio de Janeiro e conversas de empresários indicam sua campanha para isto, embora nenhum dirigente rubro-negro dê bola para o assunto. Dorival Júnior é o treinador e seguirá sendo se conquistar a Libertadores, dia 29 de outubro.

No início da semana, Abel Ferreira soube do interesse do Brighton, que perdeu Graham Potter para o Chelsea depois da queda do alemão Thomas Tuchel.

Rapidamente, os agentes de Abel esclareceram que não havia chance de ele deixar o Palmeiras agora.

No dia seguinte, surgiu a notícia de que o nome de Sampaoli fora cogitado no mesmo clube. Agentes na Inglaterra juram que não é verdade. Quem trabalha perto do argentino garante que é.

Abel aceitaria a oferta inglesa se viesse em novembro, ao final do Brasileiro? De Portugal, a demanda é respondida com uma advertência: "Não vamos falar em suposições." Não está em questão se Abel vai sair do Palmeiras ou não. A ideia é entender quanto se paga no Brasil em comparação com um time da Europa que não luta por título.

Se o estafe de Sampaoli diz que o Brighton procurou o argentino, que está desempregado e não quer nem conversar sobre a transferência para o Reino Unido, qual a razão de ficar na América do Sul?

"Ele está construindo casa em Búzios. Quer viver no Brasil", diz um agente.

Mas ele tem mercado. Um integrante da comissão técnica de Sampaoli no Atlético-MG, há dois anos, diz aos quatro ventos que houve procura do Sevilla e do Bayer Leverkusen. Mesmo assim, Sampaoli quer ficar no Brasil?

Quanto o Brighton paga em comparação com Flamengo e Palmeiras?

Solta no espaço, a pergunta fica sem resposta por minutos. Insisto. Sampaoli ganharia 40% a mais se treinasse o Brighton? Não há certeza absoluta, nenhuma conversa oficial avançou, falamos em projeções, time grande do Brasil x time médio da Europa. Enfim, uma luz: "O Flamengo pode pagar um pouco mais do que o Brighton."

Uau! Suspeita confirmada. O estafe de Sampaoli jura que ele tem mercado, mas aqui ele pode ganhar mais do que lá. E viver bem, conexão Rio-Búzios.

E o Palmeiras? Se a receita real no Parque Antarctica gira um terço abaixo da Gávea, Abel receberia no Brighton quanto? Talvez 20% a mais? 30% a mais? Outra vez, demora na resposta. Sempre cabe ressaltar que, sem proposta no papel, o debate é sobre as condições gerais de mercado. Quanto?

"O Brighton paga metade do Palmeiras."

Noves fora o euro, a libra e a carga tributária, quantos cafezinhos se o expresso custar R$ 5 na rua Palestra Itália e 3 euros na Oxford Street, um técnico do Palmeiras compra o dobro de cafezinhos com seu salário no Brasil.

Deve ser a razão de Oswaldo de Oliveira afirmar que os portugueses chegam aqui com o pé na porta. Não se tomava tantos bons cafés nem quando técnico brasileiro era campeão no Japão.

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