Advogado, é professor de direito internacional e direitos humanos na FGV Direito SP. Doutor pela Central European University (Budapeste), escreve sobre direitos e discriminação.
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O estado de SP decidirá se quer eleger cloroquina, ao invés de vacina; se quer eleger incompetência e indícios de corrupção em obras, ao invés de eficiência; se quer tratar segurança pública como bangue-bangue que desprotege policiais e a população, e não como política pública. No dia 30 de outubro, o estado de SP decidirá se prefere Roberto Jefferson e Valdemar Costa Neto —condenados por corrupção— a Marina Silva e Alckmin; e, ao cabo, se quer entregar de mão beijada o estado mais rico do país que se vê como vanguarda (mesmo quando não o é) à kakistocracia de Bolsonaro.
Tarcísio de Freitas quer acabar com a câmera na farda dos policiais, que tornou a polícia mais eficiente e menos letal (reduziu em 85% a letalidade nos batalhões onde implementada). Sabe quem quer que a polícia mantenha câmeras na farda? A própria polícia. Comandantes apoiam a câmera, porque diminuiu resistência a abordagens em 32,7% e serve de base para treinamento. Só há um tipo de pessoa que quer que a polícia não tenha câmeras: criminosos. Entre a polícia e os criminosos, Tarcísio se posiciona ao lado dos criminosos.
Tarcísio quer acabar com a obrigatoriedade de vacinação, disse em sabatina em agosto. O estado que produziu e forneceu vacina para o país inteiro, a contragosto do governo federal —o mesmo estado onde 80% dos pais pretendem vacinar seus filhos— precisa decidir se quer eleger um candidato apoiado por Nise Yamaguchi, a doutora cloroquina, para deixar mais paulistas morreram de uma doença e outras para as quais já existem vacinas.
Tarcísio quer se mostrar técnico, enquanto o percentual de rodovias públicas regulares, ruins ou péssimas aumentou para 71,8% em sua gestão no Ministério de Infraestrutura. O Tarcisão do Asfalto, como é conhecido, é, na verdade, o Tarcisão da Ponte que Cai, como caíram duas pontes em menos de duas semanas sob responsabilidade federal. Em SP não é uma disputa entre bolsonaristas versus petistas, é o embate entre o atraso versus todo o resto.
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