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Coluna assinada por Walter Porto, editor de Livros.

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Venda de livros digitais consolida crescimento durante a pandemia

Ebooks duplicaram receita no começo da quarentena e se mantiveram em nível alto, segundo relatório

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A venda de ebooks no Brasil teve um salto significativo nos meses de pico da pandemia, como era de se esperar. O que talvez surpreenda é que a receita desse tipo de livro tenha se estabilizado num patamar bem superior ao do ano passado, mesmo depois da reabertura das livrarias.

Os dados são de um novo relatório da Bookwire Brasil, empresa focada em livros digitais. Se nos três meses que se seguiram ao fechamento das lojas, em março, as vendas de ebooks chegaram a duplicar, desde então a receita seguiu num nível cerca de 50% acima da média de 2019, segundo Isadora Cal, gerente de análise de dados da empresa.

A pesquisa sugere a aceleração de uma tendência de alta observada desde pelo menos 2014. Mas o salto de 2020 foi muito mais significativo.

Cal aponta como determinantes as políticas de gratuidades e descontos feitas pelas editoras no começo da quarentena, que serviram para consolidar um público que, ao que tudo indica, seguiu depois com o hábito de acessar ebooks.

Livros que tiveram promoções, segundo ela, continuaram vendendo bem e estenderam seu “resultado surpreendente” a obras relacionadas, do mesmo autor ou série. “A pandemia mostrou que, se tiver uma estratégia bem pensada de gratuidade, o impacto pode ser muito positivo.”

Esta xilogravura de Oswaldo Goeldi, feita em 1945, ilustra a capa de "Escritos da Casa Morta", livro com que a editora 34 completa a publicação da obra completa de Dostoiévski no Brasil - Divulgação

ONDE BUSCAS O ANJO Era presumível que Caetano Veloso, um leitor voraz, já tivesse entrado em contato com a obra de Paul Preciado antes de confirmar presença na mesma mesa do filósofo na Flip, que acontece em dezembro. O cantor afirma à coluna ter lido “Testo Junkie”, que saiu por aqui há alguns anos pela n-1 edições, e o mais recente, “Um Apartamento em Urano”, da Zahar.

SOU MULHER Diz Caetano sobre o filósofo transexual: “Nos dois livros, vê-se a afirmação da travessia de gênero —de menina/moça criada na Catalunha a homem de Paris/Nova York/Atenas, um cosmopolita de aspecto masculino o suficiente para querer ser chamado de homem— que se coloca como uma ficção política”.

ONDE QUERES BANDIDO A Arqueiro lança a nova coleção Pop Chic, mirando expandir o público de livros que já são sucesso de vendas com preços mais baixos. Para começar, foram selecionadas obras como “O Dossiê Pelicano”, de John Grisham, e “Origem”, de Dan Brown. Mas a ideia é publicar dois livros do catálogo por mês.

SOU HERÓI Tomás da Veiga Pereira, fundador da editora, diz que o caráter popular das edições não vai trazer prejuízo de qualidade —daí o nome. “É inspirada nas edições inglesas e alemãs que oferecem livros com qualidade de acabamento e, sobretudo, que prezam por uma leitura mais confortável, sem letras miúdas como as antigas coleções de bolso.”

ONDE QUERES O LIVRE, DECASSÍLABO A poeta indiana Rupi Kaur, cujas coletâneas já venderam 500 mil exemplares no Brasil e cujo número de detratores deve ser ainda maior, vai ter seu terceiro livro publicado no país esta semana. Lançamento mundial, “Meu Corpo Minha Casa” chega aqui pela Planeta.

A poeta indiana Rupi Kaur - Raj K Raj - 25.jan.2018/Getty Images

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