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William Drew

Por que o 50 Best e os rankings de restaurantes são uma força positiva?

Poucas coisas geram debate tão acirrado em torno da mesa de jantar quanto questões sobre onde comer e o que pedir

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William Drew

A comida é profundamente subjetiva; restaurantes são ainda mais. Poucas coisas geram um debate tão acirrado em torno da mesa de jantar quanto questões sobre onde comer, o que pedir, como cozinhar um determinado prato, quais são suas origens e suas melhores iterações. Isso faz parte da beleza da gastronomia, do sabor e da individualidade.

Rankings e prêmios de restaurantes inspiram paixões semelhantes: a seleção de uma pessoa dos melhores lugares para se comer —seja em sua cidade natal, país, continente ou no mundo inteiro— raramente coincide com a de outra

Interior da Casa do Porco, em São Paulo, que figura entre os melhores restaurantes do mundo - Eduardo Knapp/Folhapress

A discussão pode se tornar tão quente quanto as temperaturas (e os ânimos) em uma cozinha profissional. Mas acreditamos firmemente que organizações como o Latin America’s 50 Best Restaurants são, em última análise, uma força positiva, celebrando o talento e o trabalho em equipe, promovendo a colaboração e a cooperação, impulsionando a curiosidade culinária e a descoberta internacional.

Muita coisa aconteceu na última década na esfera gastronômica, principalmente uma pandemia global que ameaçou a própria existência do setor hoteleiro. A dupla missão da lista e dos prêmios permaneceu: primeiro, fornecer uma coletânea anual da cena gastronômica da região; segundo, iluminar as diversas cozinhas e a rica variedade de restaurantes que a América Latina tem a oferecer ao mundo gastronômico em geral.

No mês retrasado, o ranking atual dos melhores destinos gastronômicos da América Latina foi revelado em um evento de premiação lotado e vibrante em Mérida, no México. A lista foi expandida para incluir mais 50 estabelecimentos, classificados de 51 a 100, a fim de abranger uma gama ainda maior de lugares para se comer, incluindo locais em cidades como Salvador, no Brasil, San José, na Costa Rica, e Guayaquil, no Equador.

A contagem regressiva ao vivo da lista —uma celebração, mais do que uma competição— foi o resultado das opiniões coletivas de 300 especialistas de toda a América Latina. Esses especialistas incluem escritores de comida, radialistas, chefs, donos de restaurantes, viajantes frequentes e gourmets apaixonados. Cada um desses 300 membros da "academia" vota de forma anônima e confidencial, com o processo supervisionado e analisado pela Deloitte, para garantir que seja justo e que a lista resultante seja credível.

Não há critérios dados aos eleitores, exceto pedir-lhes para nomear suas melhores experiências pessoais em restaurantes, seja em casa ou no exterior, e para confirmar a data de sua visita. Os restaurantes não podem candidatar-se a fazer parte da lista, nem os organizadores ou quaisquer patrocinadores têm qualquer influência sobre os estabelecimentos listados.

Para alguns dos eleitores, a comida em si é tudo, para outros, é a alquimia do serviço, design e vinho combinados com o que está no prato, que contribui significativamente para a experiência. Essa decisão é deixada ao critério individual de cada eleitor.

O resultado de 2022 vê dez novas inscrições nomeadas como parte do Latin America’s 50 Best Restaurants, variando de humildes restaurantes de grelhados ao ar livre a salas de jantar de luxo, desde aqueles que celebram cozinhas ancestrais até outros com foco no experimental e inovador. Não existe uma fórmula secreta para o sucesso no campo dos 50 melhores ou estilo de restaurante que caracterize aqueles que são reconhecidos.

À medida que o Latin America’s 50 Best Restaurants amadurece em sua segunda década, estamos empolgados em acenar para uma nova era de gastronomia em toda a região. Esta deve ser a época em que a sustentabilidade, no seu sentido mais amplo (ambiental e humano), está na vanguarda da fase gastronômica.

Os restaurantes existem para nos unir, para fazer as pessoas felizes --e todos eles fazem isso de maneiras diferentes e altamente individuais. Rankings como o Latin America's 50 Best Restaurants simplesmente visam amplificar e celebrar essa nobre ambição em todas as suas gloriosas formas.

William Drew é jornalista e editor, é diretor de conteúdo do 50 Best e supervisiona a estrutura de votação da lista

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