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A volta do marrom e o vaivém na moda

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São Paulo

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É comum ouvir alguém citar alguma tendência de moda que era popular há uns 20 anos. O que nos faz pensar: tudo sempre volta no âmbito fashion? Sim, tudo nesse universo costuma ter o prazo de duas décadas e nem sempre foi assim. A influência do passado se dá por fatores históricos e culturais, além da internet, que tem a capacidade de viralizar tendências de uma forma muito rápida.

Um dos precursores desse movimento foi Christian Dior que mudou tudo com o New Look. Em 1947, o estilista revolucionou o mundo da moda pós-guerra ao resgatar silhuetas femininas inspiradas no século 19, com adaptações para uma mulher moderna, com peças funcionais que refletiam a vida contemporânea.

Para além de Dior, a estilista Jeanne Lanvin já criava roupas modernas com elementos clássicos, assim como Elsa Schiaparelli, que trazia referências históricas para suas peças surrealistas.

Todo esse contexto para trazer o assunto do momento nos últimos meses: o retorno do marrom. A cor ganhou o posto de neutro do momento, afirmam especialistas da área como a estilista e empreendedora Heloisa Strobel, fundadora da marca Reptilia.

"O preto como preferência absoluta vem sendo substituído nos últimos anos. Vimos a preferência pelo branco voltar a crescer, inclusive nas nossas lojas a demanda foi enorme, e passamos a ter mais peças brancas do que pretas nas coleções. Agora o marrom parece ter chegado para tomar esse posto, sendo a cor neutra do momento."

A tonalidade reinou nos anos 1990 e volta a mostrar sua influência nas coleções atuais de inverno. A cor foi evidenciada por personalidades no Met Gala e Festival de Cannes deste ano. O termômetro de que o marrom ia se tornar o quente das próximas estações foram as queridinhas do mundo fashion, Sofia Richie e Hailey Bieber, que já estavam explorando looks terrosos desde o início de 2024.

Segundo a consultora de moda Ana Vaz, quando uma cor é considerada o "novo preto" ganha um "status de extremamente versátil e fácil de usar". "É como dizer que esse tom combina com tudo. Isso indica não apenas que a cor faz sentido para o momento atual da moda, mas também que ela está amplamente presente em diversas coleções e disponível no varejo. O marrom exemplifica esse fenômeno, ganhando espaço ao longo de várias estações e dominando as coleções deste inverno", afirma.

Uma outra tendência que estava ensaiando o retorno era a tennis core, que se firmou após o lançamento do filme "Rivais". Nas décadas de 1970 e 1980, essa estética era popular e agora vemos esse comeback com cores e roupas com uma pegada vintage.

O estilo combina peças como saias plissadas, camisetas polo, suéteres e cardigãs, caracterizadas por cores claras, modelagens confortáveis e acessórios retrô, como faixas de cabelo e óculos de sol. O interesse por esportes como badminton entre os millennials e a geração Z tem influenciado marcas e estilistas a investirem nessa estética.

Li por aqui

O caule da planta Cannabis sativa, que é da mesma família botânica da maconha, dá origem ao cânhamo, que é uma fibra usada em roupas e calçados. Essa é uma indústria que está crescendo. Marcas estão lançando coleções que incluem bermudas, bonés, calças, saias e jaquetas feitas dessa fibra. Gigantes do mercado, como Adidas e Osklen, têm adotado o cânhamo em suas peças recentemente.

O repórter Guilherme Luis discorre aqui mais sobre o assunto e essa tendência que ocorre em paralelo ao aumento do debate público sobre a maconha no Brasil, onde o cânhamo, apesar de ser da mesma família botânica, é distinto da maconha por conter baixo teor de THC, que é a substância psicotrópica.

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No dia 7, chegou ao fim a Feira do Livro 2024, terceira edição do festival, e eu me encantei por um que estava namorando há uns meses. Em "Calibã e a Bruxa" (Ed. Elefante, 464 pág.), a filósofa italiana Silvia Federici tece uma calorosa reflexão sobre a construção do feminino perante aos regimes políticos desde a época da caça às bruxas.

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