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Descrição de chapéu Olimpíadas 2024 atletismo

Atletismo começa em Paris com expectativa de duelos acirrados, mas sem superastro

Principal nome do Brasil na luta por medalhas é Alison dos Santos, que tem fortes rivais nos 400 m com barreiras

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São Paulo

As disputas do atletismo nas Olimpíadas de Paris-2024 começam nesta quinta-feira (1º), mas sem um superastro que centralize as atenções de mídia e fãs, como foram o americano Carl Lewis e suas nove medalhas de ouro entre Los Angeles-1984 e Atlanta-1996 e o jamaicano Usain Bolt e seus oito ouros e recordes de Pequim-2008 ao Rio de Janeiro-2016.

Após a aposentadoria do fenômeno Bolt nos Jogos no Brasil, o que se viu em Tóquio-2020 foram competições acirradas e sem domínio absoluto nas pistas. E o mesmo parece ser o cenário que se verá em Paris até o próximo dia 11. As provas mais famosas, como os 100 m rasos, não têm favoritos incontestes no masculino e no feminino.

O único que é considerado fora da curva é o sueco Armand Duplantis, ou Mondo Duplantis, imbatível no salto com vara. Ele já quebrou o recorde mundial da prova oito vezes, chegando a 6,24 m, e possui um ouro olímpico em Tóquio-2020, além de dois títulos mundiais. No entanto, ainda não conseguiu superar o recorde olímpico de 6,03 m que pertence ao brasileiro Thiago Braz, conquistado na Rio-2016. Muitos já dão essa marca como superada em Paris. A conferir.

O sueco Armand Duplantis é o grande nome do atletismo nos Jogos de Paris, embora não tenha todo o peso de um Usain Bolt - AFP

Outro nome que precisa ser observado é a fundista holandesa Sifan Hassan. Em Tóquio, ela se tornou a primeira pessoa a conquistar medalhas em provas de média e longa distância: ouros nos 5.000 m e 10.000 m e bronze nos 1.500 m. Em Paris, ela foi ainda mais audaciosa e incluiu mais um evento em sua agenda, a maratona.

Assim, ela competirá nas quatro provas em nove dias. Se conquistar medalha em todas, entrará de vez para o hall da fama olímpico. E isso é bem possível, uma vez que possui a segunda melhor marca da maratona de todos os tempos.

Entre os brasileiros, Alison dos Santos, o Piu, é a grande esperança de medalhas. Bronze em Tóquio nos 400 m com barreira, ele chegou atrás do norueguês Karsten Warholm (ouro) e do americano Rai Benjamin (prata). Desde então, Piu melhorou seus tempos, assim como Benjamin, o que deixa a prova como uma das grandes incógnitas dos Jogos. Qualquer um pode chegar na frente, mas o que é praticamente certo é que os três ocuparão novamente o pódio.

Alison Dos Santos, o Piu, vence os 400m com barreiras no Meeting de Londres, em julho; ele é a grande esperança de medalha do atletismo brasileiro em Paris - USA Today Sports via Reuters Con

Outro atleta do país que chega com expectativa de pódio é Caio Bonfim na marcha atlética de 20 km, a primeira prova do atletismo, às 2h30 (de Brasília) desta quinta. Em 2023, ele foi bronze no Mundial de Budapeste, na Hungria, e pode surpreender em Paris.

Partindo para a prova mais glamourosa do atletismo, os 100 m rasos, o americano Noah Lyles chegou à França afirmando que quebraria as marcas de Bolt. Neste ano, ele fez sua melhor marca, 9s81, na Liga de Diamante em Londres (ING).

A concorrência é pesada. O jamaicano Kishane Thompson já correu a distância em 9s77 e é o mais próximo do recorde olímpico de Bolt (9,63 m).

Além deles, o atual campeão olímpico, o italiano Lamont Marcell Jacobs, o jamaicano Oblique Seville e Letsile Tebogo, de Botsuana, também chegam fortes à disputa.

No feminino, o duelo pelo ouro na prova deve ficar entre a americana Sha'Carri Richardson, em suas primeiras Olimpíadas, e a jamaicana Shericka Jackson, bronze em Tóquio. Outros nomes de destaque são as americanas Julien Alfred, campeã mundial indoor, e Melissa Jefferson.

Bicampeã olímpica da prova, a jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce disputará sua quinta e última edição dos Jogos. Aos 37 anos, ela corre por fora sonhando em se despedir com a terceira medalha dourada.

Outra final que deve ser acirrada é a dos 400 m com barreiras feminino. Atual campeã e recordista mundial, a americana Sydney McLaughlin-Levrone espera conquistar o bicampeonato, mas tem a concorrência da holandesa Femke Bol, que foi bronze em Tóquio e venceu o Mundial do ano passado.

Além desses duelos, o fã do atletismo olímpico pode esperar rostos novos, com capacidade para dar espetáculo e surpreender os favoritos. Como foi Bolt. Coadjuvante na prova dos 200 m rasos em Atenas-2004, ele despontou em Pequim-2008 como um raio, o homem mais rápido de todos os tempos, cujo recorde mundial (9s58) parece insuperável.

Confira a programação dos principais eventos do atletismo*:

Quinta-feira (1º)
2h30 - Marcha atlética de 20 km - participação dos brasileiros Caio Bonfim, Matheus Corrêa e Max Batista

Sábado (3)
16h20 - Final dos 100 m rasos feminino

Domingo (4)
16h50 - Final dos 100 m rasos masculino

Segunda-feira (5)
14h - Final do salto com vara masculino
16h15 - Final dos 5.000 m feminino

Sexta-feira (9)
15h57 - Final dos 10.000 m feminino
16h45 - Final dos 400 m com barreiras masculino

Sábado (10)
15h15 - Final dos 1.500 m feminino

Domingo (11)
3h - Maratona feminina

* Horários de Brasília

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