Guilherme Costa bate recorde pan-americano, mas se frustra com quinto lugar
Brasileiro obtém marca significativa, porém lamenta fim da prova e resultado dos 400 m nado livre
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Guilherme Costa terminou a disputa dos 400 m nado livre nos Jogos Olímpicos de Paris na quinta colocação. O brasileiro quebrou o recorde pan-americano, na noite francesa de sábado (27), na La Défense Arena, em Nanterre, mas não alcançou o objetivo que havia estabelecido: dar ao Brasil a primeira medalha no megaevento esportivo.
Cachorrão, como é conhecido o carioca de 25 anos, finalizou a disputa em 3min42s76, novo recorde pan-americano. Conquistaram lugar no pódio o alemão Lukas Maertens, que levou o ouro com a marca de 3min41s78, o australiano Elijah Winnington, prata com 3min42s21, e o sul-coreano Wooming Kim, bronze com 3min42s50.
"Eu tentei tudo o que eu podia. Eu acertei 350 metros, mas nos últimos 50, que sempre foram o meu forte, não aconteceu. Quando eu vi a situação nos últimos 50, eu tinha certeza de que a medalha sairia, de que eu faria igual a sempre faço. Eu não sei o que aconteceu nos últimos 50", afirmou, emocionado.
"O que passa na cabeça é que eu fiz tudo para vencer a prova, para pelo menos conseguir uma medalha. E não aconteceu, não esperava isso. Como falei, fiz tudo no ciclo olímpico para a medalha. Aí você nada em 350 metros para medalha e, logo nos últimos 50, meu forte, as coisas não acontecem", repetiu, aos prantos.
Talvez Guilherme tenha sido duro demais na avaliação, sobretudo da parte derradeira da prova. Além de ter obtido sua melhor marca e registrado o recorde pan-americano dos 400 m, ele foi o melhor nos 50 m finais, com 27s31. Para comparação, o medalhista de ouro teve 28s25.
As baterias eliminatórias haviam sido realizadas entre a manhã e o início da tarde. O brasileiro venceu a sua e estabeleceu a segunda melhor marca da etapa classificatória, com 3min44s23. Por isso, mostrou confiança de que estaria com uma medalha no peito ao fim do dia. A concorrência, no entanto, estava em noite excelente.
Costa bateu os primeiros 50 m na quarta colocação, caiu para sexto na virada para os 100 m e passou a ocupar o quinto lugar na marca dos 200 m. Ele tentou apertar o ritmo na parte final e se aproximar do terceiro e do quarto colocados. No fim, a distância que o separou do pódio foi de 0s26.
Há atletas do Brasil em várias outras provas da natação, iniciada no sábado, mas os 400 m livre eram apontados como a maior esperança de medalha. Costa vinha obtendo resultados consistentes nessa distância, sua especialidade, e ficou com o bronze no Mundial de 2022, em Budapeste. Nas duas edições seguintes, em 2023 e 2024, ficou em quarto.
Cachorrão –que ganhou esse apelido ainda garoto, quando foi buscar uma bola durante uma pelada e foi mordido por um cão– ainda vai cair na piscina para competir nos 200 m livre, nos 800 m livre e no revezamento 4 x 200 m livre. Aí, terá dez dias de descanso e se jogará no rio Sena, para a prova da maratona aquática.
"No momento, eu não consigo pensar em nada a não ser os últimos 50 metros de hoje. Vou conversar com o meu técnico para ver qual vai ser a prioridade agora na competição. Minha prova é o 400 , ainda tenho o 800", disse, antes de repetir, chateado. "Mas eu vou conversar com ele para ver o que aconteceu naqueles 50."
Tempos da final
1 | Lukas Maertens (ALE) | 3min41s78 |
2 | Elijah Winnington (AUS) | 3min42s21 |
3 | Woomin Kim (CDS) | 3min42s50 |
4 | Samuel Short (AUS) | 3min42s64 |
5 | Guilherme Costa (BRA) | 3min42s76 |
6 | Liwei Fei (CHI) | 3min44s24 |
7 | Oliver Klemet (ALE) | 3min46s59 |
8 | Aaron Shackell (EUA) | 3min47s |
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters