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Cinemateca Francesa dá volta olímpica de George Méliès a James Cameron

Além de uma ampla biblioteca cinematográfica, auditório, salas de cinema, café/restaurante e lojinha, o espaço mantém o "Museé Méliès - A Magia do Cinema" como uma exposição fixa

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Paris

George Méliès bem que poderia ter dirigido uma cerimônia de abertura olímpica em Paris, nos Jogos de 1900 ou de 1924. Mas na época o evento não tinha muita importância.

James Cameron bem que poderia comandar a cerimônia de abertura dos próximos Jogos, em Los Angeles, em 2028, com ares de superprodução hollywoodiana, agora que o evento tem megaimportância.

Méliès e Cameron são os principais nomes atualmente na Cinemateca Francesa, um templo para os cinéfilos localizado no bairro de Bercy.

Sede da Cinemateca Francesa em Paris - Google Street View

E é na Arena Bercy, bem pertinho da Cinemateca, que acontecem as provas de ginástica artística e de trampolim, além das finais de basquete, na Olimpíada.

O ginásio já existe desde os anos 1980 e é a casa do Masters de tênis de Paris e de torneios de handebol. Também já abrigou vários shows na capital francesa, de nomes como Madonna, Daft Punk e Bruce Springsteen.

Desde 2005, a arena ganhou como vizinha a Cinemateca, que passou por outros endereços antes de ocupar o belíssimo prédio com fachada desenhada pelo arquiteto canadense Frank Gehry.

Além de uma ampla biblioteca cinematográfica, auditório, salas de cinema, café/restaurante e lojinha, o espaço mantém o "Museé Méliès - A Magia do Cinema" como uma exposição fixa.

No terceiro piso do prédio, várias salas são dedicadas à trajetória do francês Méliès, um dos artistas que melhor soube explorar as possibilidades do cinema pouco depois de sua invenção na virada do século 19 para o 20 —ele foi inclusive amigo dos irmãos Lumière, os pais do brinquedo.

Sua produção mais ambiciosa, "Viagem à Lua", de 1902, é considerada uma das mais importantes do cinema mudo. O curta de 14 minutos (o que não era pouco na época) tem uma sala inteira só para ele.
Outra sala inclui o tributo de Martin Scorsese ao cinema mudo e, em especial, a Méliès, feito no filme "A Invenção de Hugo Cabret", no qual o francês é interpretado por Ben Kingsley.

Espécie de pai dos efeitos especiais, o mágico do cinema Méliès foi de certa forma o precursor do trabalho que evoluiu com nomes como George Lucas, Tim Burton e, ele, James Cameron.

E é preciso ir ao quinto andar para ver "A Arte de James Cameron", em cartaz até 5 de janeiro de 2025, reunindo storyboards, objetos de cena, trechos de filmes e vários depoimentos do próprio diretor a respeito de seu trabalho e de suas inspirações. O evento mostra os dois lados de Cameron, do diretor que precisava se virar com truques originais em filmes de pequeno orçamento, como "Piranhas 2" e o primeiro "Exterminador do Futuro", ao cineasta de alguns dos blockbusters mais caros do cinema, como "Titanic" e a franquia "Avatar".

Se Méliès foi o mágico do início do século 20, Cameron pegou o título no final do século e trouxe para o século 21, com filmes como "Aliens, o Resgate", "O Segredo do Abismo", "O Exterminador do Futuro 2", "Titanic" e "Avatar", todos vencedores do Oscar de efeitos especiais.

Há uma sala central dedicada a "Titanic", que não explica como Leonardo DiCaprio não subiu naquela porta. E outro espaço te coloca em Pandora, o planeta das criaturas azuis de "Avatar". Coincidentemente, o grito mais comum nesta Olimpíada também remete aos azuis: "Allez les bleus, allez les bleus, allez les bleus".

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