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Coleção Folha apresenta Hannah Arendt, que pensou por que a gente faz maldade

Novo volume da série traz filósofa que mostrou que, para fazer coisas ruins, basta seguir um vilão

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Lia Bock
São Paulo

Quando alguém faz uma maldade, algo que não é legal para os outros, logo pensamos que há ali um supervilão com planos mirabolantes para acabar com o mundo ou conquistar 24 territórios.

E é verdade que alguns líderes maléficos são assim mesmo, mas a turma que vem atrás dele, dando apoio e botando a mão na massa das ruindades, nem sempre cai neste mesmo buraco.

Ilustração de volume sobre Hannah Arendt da Coleção Folha Pensadores para Crianças - Divulgação

Hannah Arendt, a pensadora tema do 13° exemplar da Coleção Folha Pensadores para Crianças, dedicou um de seus principais livros a isso: entender por que as pessoas fazem as maldades ordenadas por outros. Curioso, né? Pois esse livro acaba de chegar às bancas.

Judia de origem alemã, ela teve que deixar seu país quando Hitler chegou ao poder. Anos mais tarde, diante do julgamento daqueles que perseguiram a ela e a seu povo, a filósofa se surpreendeu com a "banalidade do mal", conceito que cravou para mostrar que para fazer maldades não precisa ser o chefe dos vilões e nem concordar com tudo que ele diz, basta seguir as ordens sem pensar muito.

E isso, convenhamos, é mais estranho do que o vilão em si.

A história de Hannah Arendt tem muitas partes, desde a infância quando ela adorava ler, recitar poemas e falar grego, passando pela fuga dos nazistas, aulas em muitas universidades até chegar aos Estados Unidos onde foi amplamente reconhecida.

Como essa coleção vem com uma plataforma online em que se pode escutar as histórias (em inglês e português), dá para ouvir a própria autora contando tudo que aconteceu com ela, que é também um pouco da história dessa época tão marcante.

"Desde pequena eu gostava tanto de estudar que as pessoas ficavam surpresas", conta a narradora. E foi esse gosto que a levou a desenvolver pensamentos inovadores.

Uma dessas inovações ela aprendeu com um professor. "No começo de 1926 conheci Edmund Husserl. Ele inventou uma maneira nova de pensar chamada fenomenologia. Ele achava que, para entender as coisas, não precisamos complicar. O importante é descrever como elas aparecem para a gente, do jeitinho que elas são", diz a narradora.

Esse pensamento de nome complicado, mas com intenção de descomplicar, acompanhou Hannah Arendt em todos os seus estudos e livros, uma certa necessidade de simplificar e analisar as coisas sem envolver muitas teorias mirabolantes por trás.

Quando nova, a filósofa pesquisava teologia, que é o estudo da fé e das religiões, mas depois da chegada de Hitler ao poder, ela mudou seu foco. "Precisava falar do que estava acontecendo de ruim no mundo. Então comecei a escrever sobre política para tentar explicar as coisas que se passaram na Alemanha."

Assim, em 1951, ela publicou sua obra mais importante, chamada "Origens do Totalitarismo", que até hoje é muito consultada para explicar como ditadores e governos muito autoritários chegam ao poder.

Gente tipo Scar, irmão do rei Mufasa, no filme "Rei Leão". Vocês lembram que quando ele assume o poder fica tudo ruim? Ele quer mandar em todo mundo e proibir uma série de coisas que antes os animais podiam fazer. Pois bem, Scar era um líder totalitário.

Mas ela não escreveu só sobre a parte triste da história. Também falava muito sobre a importância da vida em sociedade e de agirmos coletivamente. Que, reparem, é o oposto do tal totalitarismo.

COMO COMPRAR

Site da coleção: pensadoresparacriancas.folha.com.br

Telefone: (11) 3224-3090 (Grande São Paulo) e 0800 775 8080 (outras localidades)

Frete grátis: SP, RJ, MG e PR (na compra da coleção completa)

Nas bancas: R$ 24,90 cada volume

Caixa de colecionador com coleção completa: R$ 646,80 ou em até 12x de R$ 53,90

Coleção completa: R$ 598,80 ou 12x de R$ 49,90

Lote avulso com 5 livros: R$ 119,76 ou 12x de R$ 9,98

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