Café Filho assumiu após suicídio de Getúlio Vargas e mudou política econômica do país
Jornalista potiguar é tema do 13º volume da Coleção Folha, que chega às bancas no próximo domingo
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Durante quase duas décadas, entre 1946 e 1964, o presidente e o vice eram eleitos separadamente no Brasil.
Em 1950, a coligação formada por PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) e PSP (Partido Social Progressista) ganhou a disputa nos dois postos. Getúlio Vargas (PTB) venceu para o cargo principal. Para o posto imediatamente inferior, a vitória ficou com Café Filho (PSP).
As siglas estavam coligadas, mas, na prática, tinham pouco em comum. Fundado por Ademar de Barros, governador de São Paulo em dois mandatos, o PSP defendia uma cartilha mais conservadora que o PTB.
Café Filho assumiu a Presidência horas depois do suicídio de Vargas. Passados alguns dias, ele evidenciou as diferenças em relação ao político gaúcho ao escolher para o seu ministério diversos nomes ligados à UDN, o partido que fazia forte oposição ao governo Vargas.
Nascido em Natal (RN), o jornalista Café Filho é tema do 13º volume da Coleção Folha - A República Brasileira. Escrito por Fábio Koifman, professor de história da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, o livro chega às bancas no próximo domingo, dia 8.
Apesar do ministério de inclinação udenista, Café Filho procurava vender a imagem de um presidente suprapartidário, uma condição que ele julgava pertinente para um governo de transição. Esteve no cargo de agosto de 1954 a novembro de 1955.
Uma das principais iniciativas da breve gestão Café Filho se deu na política econômica. O governo baixou a instrução 113, que, entre outras alterações, facilitava a entrada de capital estrangeiro no Brasil.
Era um contraponto ao nacionalismo varguista.
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