Saiba por que os Titãs já tiveram oito integrantes e hoje têm apenas três
Em quatro décadas de atividade, banda sofreu com baixas, mas soube se adaptar ao longo do tempo
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Os Titãs lançam o disco "Olhar Furta-Cor", celebrando quatro décadas de existência da banda. Em entrevista à Folha, Branco Mello, Tony Belloto e Sérgio Britto afirmaram que o novo trabalho examina todo o período de atividade da banda, lembrando épocas em que a banda tinha formações bem diferentes.
Do octeto que havia quando lançaram o primeiro disco —formado por Arnaldo Antunes, Branco Mello, Paulo Miklos, Tony Bellotto, Sergio Britto, Marcello Fromer, André Jung e Nando Reis — só restaram mesmo três integrantes, revelando um histórico de desentendimentos e adaptações ao longo do tempo.
Antes mesmo do lançamento primeiro disco, Ciro Pessoa, morto em 2020 após contrair a Covid-19, havia deixado o grupo, em 1983, numa saída tão discreta que nem se faria notar aos futuros fãs. A banda enfrentaria, um ano depois, novas turbulências. O baterista André Jung foi expulso pelos demais integrantes, insatisfeitos com seu desempenho nos palcos. Em seu lugar, entraria Charles Gavin.
Em 1992, seria a vez de Arnaldo Antunes abandonar a trupe, uma das baixas mais sentidas até hoje. O poeta, cantor e compositor dizia, naquela época, estar insatisfeito com os rumos da banda, que deixava a música brasileira de lado e investia ainda mais na crueza do rock. Além disso, Antunes já nutria o desejo de ter uma carreira solo no mercado musical.
Em 2001, o guitarrista Marcelo Fromer deixaria saudades nos companheiros de banda e nos fãs. Ele morreu num atropelamento em São Paulo. No ano seguinte, Nando Reis fez como Antunes e decidiu iniciar carreira solo. Em 2010, seria a vez de Charles Gavin anunciar o desligamento da banda e, quatro anos mais tarde, Paulo Miklos também optou pela saída.
Mesmo com tantas baixas, os Titãs se moldaram conforme o tempo passava, o que, segundo Bellotto surpreende o próprio grupo. "A permanência dos Titãs é uma coisa que surpreende até a nós mesmos, porque foram muitas transformações, mas a cada mudança houve um espírito coletivo que se sobrepôs às individualidades", afirma ele. "A gente sempre questiona se vai prosseguir."
Já Branco Mello, parece determinado a manter a banda sempre em atividade. "Em nenhum momento pensamos ou tememos pelo fim da banda", ele diz.
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