Siga a folha

Descrição de chapéu newsletters da folha

Sete séries para ver sem precisar prestar atenção

Edição da newsletter Maratonar sugere coisas para assistir enquanto se faz outra coisa

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Esta é a edição da Maratonar, a newsletter da Folha que ajuda você a se achar no meio de tantas opções de séries e filmes no streaming. Quer recebê-la todas as sextas no seu email? Inscreva-se abaixo:

Nesta vida, há um tempo para tudo. Por exemplo: um tempo para degustar um filme ou seriado com atenção total, absorvendo os detalhes de cada cenário, figurino, expressão facial e escolha musical, e outro para simplesmente ter algo fazendo barulho e companhia enquanto se cozinha, lava louça, faz uma faxina, ou olha o celular.

A série ideal desse segundo tipo, para mim, tem muitas temporadas, cada uma com muitos episódios, e acontece no "mundo real" —mais fácil de acompanhar, ainda que a narrativa às vezes exija algumas coincidências convenientes.

No momento, o seriado que se encaixa nessa descrição e tem feito mais sucesso é "Suits" (Netflix, nove temporadas, 134 episódios), como o colega Maurício Stycer explicou na coluna dele há algumas semanas, mas há várias outras que também cumprem a função perfeitamente bem. Indico aqui sete.

"Lei e Ordem" (1990-2010, 2021- ), "Lei e Ordem: Unidade de Vítimas Especiais" (1999- )

Há poucas temporadas disponíveis no streaming da chamada "nave-mãe" da franquia de Dick Wolf sobre policiais e promotores em Nova York e seu dia a dia em meio ao que a humanidade tem de pior a oferecer. O Prime Video tem três temporadas um pouco aleatórias, o Universal+ tem duas das mais recentes, pós-reboot (a série havia sido encerrada em 2010 e foi retomada em 2021) e a Globoplay tem as três mais recentes.

A verdade é que isso não afeta muito a experiência de assistir a "Lei e Ordem", já que os episódios são na maioria bem contidos em si mesmos —alguém acha um corpo, polícia investiga a morte, indicia suspeito, promotores movem mundos e fundos para condená-lo—, com alguns arcos narrativos maiores que a Wikipédia pode ajudar a esclarecer.

Já o spin-off mais bem sucedido da franquia, "Unidade de Vítimas Especiais" (ou "SVU", a sigla em inglês), pode ser assistido inteiro (25 temporadas!), mas em três serviços diferentes. Neste, os temas são ainda mais pesados, envolvendo violência sexual, crianças, idosos e pessoas com deficiência, tratados com o (pouco) tato usual da televisão americana dos anos 2000.

Os ritmos das duas séries são parecidos e consistentes de episódio para episódio, então é facinho se deixar levar numa maratona intencional ou acidental.

"Lei e Ordem" ("Law & Order"): Prime Video, temporadas 8, 9 e 10; Universal+, temporadas 22 e 23; Globoplay temporadas 21, 22 e 23.

"Lei e Ordem: Unidade de Vítimas Especiais" ("Law & Order: Special Victims Unit"): Globoplay, temporadas 1-20, 25; Netflix, temporadas 6,7, 9-11; Prime Video, temporadas 14-22; Universal+, temporadas 20, 23-25.

A atriz Mariska Hargitay e o produtor executivo Dick Wolf na comemoração dos 500 episódios de 'Lei e Ordem: Unidade de Vítimas Especiais', na 23ª temporada da série - Virginia Sherwood/NBC/Divulgação

"Monk"(2002-09), "O Mentalista"(2008-15)

Duas séries sobre homens traumatizados que usam seus poderes de observação aguçados para desvendar crimes.

Em "Monk", Tony Shalhoub é Adrien Monk, um ex-policial em luto pela morte da esposa em um atentado. Com vários sintomas de um "transtorno obsessivo-compulsivo" (ou uma versão televisiva da doença), ele se torna consultor da polícia, usando sua atenção a detalhes para desvendar crimes —mas a série não é a tragédia que essa descrição faz parecer. O tom é quase sempre cômico e leve, bem de acordo com a icônica música de abertura de Randy Newman.

"O Mentalista" também tem um consultor da polícia com uma esposa assassinada. Patrick Jane (Simon Baker) é um ex-médium fake de televisão que passa a auxiliar a força investigativa da Califórnia na busca por um serial killer chamado Red John após este matar sua esposa e sua filha. É uma série mais pesada que "Monk", mas que flutua no charme de Simon Baker e na sua relação de amizade/romance com a chefe do departamento de polícia que Jane auxilia, Teresa Lisbon (Robyn Tunney).

"Monk": Netflix, oito temporadas, 125 episódios.

"O Mentalista" ("The Mentalist"): Prime Video e Max, sete temporadas, 151 episódios.

Tony Shalhoub, Ted Levine e Jason Gray-Stanford em cena do seriado 'Monk' - Divulgação

"The Bold Type" (2017-21)

Três melhores amigas —Jane (Katie Stevens), Kat (Aisha Dee) e Sutton (Meghann Fahy)— tentam equilibrar seus relacionamentos amorosos e aspirações profissionais numa revista feminina à la Cosmopolitan (a ex-editora-chefe da revista Joanna Cole é uma das produtoras da série).

Como o programa estreou em 2017, talvez os dilemas das jovens millennials sejam hoje considerados ultrapassados pela geração Z, mas os roteiros se esforçam para tratar assuntos sérios com seriedade e sem descambar para o melodrama.

Quem gostou da segunda temporada de "White Lotus" pode ver do que mais Meghann Fahy —que lá interpretava Daphne— é capaz aqui, e a série é ancorada pela sempre forte Melora Hardin ("The Office") como a editora-chefe da revista.

Globoplay e Prime Video, cinco temporadas, 52 episódios.

Katie Stevens, Aisha Dee e Meghann Fahy em cena de 'The Bold Type' - Philippe Bosse/Freeform/Universal

"Eu, a Patroa e as Crianças" (2001-05)

Quer coisa mais reconfortante (se você tem idade para lembrar) do que uma boa e velha sitcom sobre uma família que briga, mas se ama, com risadas enlatadas e um ritmo de piadas constante, em que dá para prever a resposta antes mesmo de a pergunta ser feita?

Taí "Eu, a Patroa e as Crianças", um exemplar bem típico desse tipo de série. Um pouco envelhecido, é claro, mas sólido.

"My Wife and Kids". Star+, cinco temporadas, 123 episódios.

Elenco da série 'Eu, a Patroa e as Crianças' - Divulgação/SBT

"The Joy of Painting w/ Bob Ross" (1983-94)

Praticamente ASMR —aquela categoria de vídeos que produzem sensações gostosas no espectador—, o programa é muito simples: o pintor Bob Ross, em frente a uma tela em branco, com uma paleta de cores e vários pincéis, explica com uma voz suave e paciente, diferentes técnicas para produzir pinturas a óleo de paisagens.

O Plex (plex.tv), um serviço de streaming gratuito que também tem "tv ao vivo", tem dois canais 100% Bob Ross, um com o áudio original em inglês e outro dublado em espanhol, que passam episódios do programa 24 horas por dia, fora de ordem (foram 31 temporadas e mais de 400 episódios).

"The Joy of Painting w/ Bob Ross" e "The Joy of Painting w/ Bob Ross (Español). Plex.tv

Bob Ross, apresentador de televisão e instrutor de arte americano - Jeff Nyveen/Reprodução Flickr

O QUE ESTÁ CHEGANDO

As novidades nas principais plataformas de streaming

"Quem Fizer Ganha"

Produção um tanto amaldiçoada de Taika Waititi (que originalmente escalou Armie Hammer e aí precisou trocá-lo por Will Arnett), filmada em parte ainda antes da pandemia de Covid-19. Baseado na história real do técnico de futebol Thomas Rongen, que recebeu a tarefa de tentar levar a seleção de Samoa Americana, considerada a pior do mundo, à Copa de 2014.

"Next Goal Wins". Star+, 104 min.

Michael Fassbender em cena de 'Quem Fizer Ganha', de Taika Waititi - Divulgação

"STEVE! (martin): documentário em 2 partes"

Dirigido por Morgan Neville, o documentarista por trás de "A Um Passo do Estrelato", revisita, na primeira parte, a ascenção inicial de Steve Martin como um comediante de stand-up e seus primeiros sucessos no cinema. No segundo capítulo, se aprofunda sobre a fase atual da carreira de Martin, que vem em alta com "Only Murders in the Building".

"STEVE! (martin) a documentary in 2 pieces". AppleTV+, dois episódios de cerca de 90 min cada um.

Steve Martin em imagem de arquivo no documentário STEVE! martin: documentário em 2 partes, da AppleTV+ - Divulgação/AppleTV+

"Nell, a Renegada"

Acusada de um assassinato que não cometeu, a jovem Nell Jackson (Louisa Harland, a Orla de "Derry Girls") se torna a fugitiva mais notória da Inglaterra do século 18. Em sua aventura, ela recebe a ajuda de um espírito mágico chamado Billy Blind (Nick Mohammed, de "Ted Lasso"). Não assisti ainda, mas me lembrou do meu querido "Catarina, a Menina Chamada Passarinha" (Prime Video).

"Renegade Nell". Disney+, oito episódios.

Louisa Harland como Nell Jackson na série da Disney+ 'Nell, a Renegada' - Robert Viglasky/Divulgação/Disney

"Todos Menos Você"

Fenômeno inesperado de bilheteria traz Sidney Sweeney ("Euphoria") e Glen Powell ("Top Gun: Maverick") como inimigos que decidem fingir estar namorando para provocar ciúmes na ex dele e afastar a possibilidade de um revival com o ex dela. Você já pode imaginar aonde essa história vai dar.

"Anyone But You". Max, 103 min.

Sydney Sweeney e Glen Powell em 'Todos Menos Você' - Divulgação

"Zona de Interesse"

O cotidiano da família Höss em sua vila encostada nos muros do campo de concentração de Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial. Com Sandra Hüller ("Anatomia de Uma Queda"), vencedor de dois Oscars neste ano, de Som e Filme Estrangeiro. Recomendo o uso de fones de ouvido ou um bom som para a experiência completa.

"The Zone of Interest". Prime Video a partir de domingo (31). 105 min.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas