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Descrição de chapéu Governo Trump

Palestinos deveriam querer plano de paz proposto pelos EUA, diz Trump

Em reunião com Netanyahu, presidente diz que sua proposta 'faz muito sentido para todos'

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Washington | Reuters

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (27) que anunciará seu plano de paz para o Oriente Médio na terça-feira (28) e que afirma acreditar que os palestinos vão concordar com ele, apesar de terem se recusado a dialogar com o governo americano. 

Durante uma reunião com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, no Salão Oval, Trump disse que sua proposta "faz muito sentido para todos" e que "é algo que eles [os palestinos] deveriam querer".

O presidente dos EUA, Donald Trump,à esq., e o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, na Casa Branca - Saul Loeb/AFP

As políticas pró-israelenses do presidente, como a transferência da embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém, geraram oposição dos palestinos, que se recusam a dialogar com a gestão Trump.

Eles temem que o plano frustre suas esperanças de um estado independente na Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Faixa de Gaza. Os líderes palestinos dizem que não foram convidados para Washington e que nenhum plano de paz pode funcionar sem eles.

"Os palestinos provavelmente não vão querer isso inicialmente", disse Trump. "Mas acho que no final eles vão sim... É muito bom para eles. Na verdade, é excessivamente bom para eles. Então, vamos ver o que acontece. Mas, sem eles, não fazemos o acordo e tudo bem."

"Pensamos que há uma chance muito boa de eles quererem isso", acrescentou.

Depois de se encontrar com Netanyahu, Trump se reuniu com Benny Gantz, chefe do Partido Azul e Branco e rival de Netanyahu nas eleições israelenses de 2 de março.

Na terça (28), Trump fará declarações conjuntas com o premiê israelense na Casa Branca para delinear a proposta, que visa resolver um dos problemas geopolíticos mais complexos ​​da atualidade.

Os dois dias de reuniões de política externa são uma oportunidade para o presidente americano se afastar do processo de impeachment, atualmente no Senado, liderado pelos republicanos. A Casa julga as acusações aprovadas pela Câmara dos Deputados, de maioria democrata. 

A esperança da Casa Branca era que, se Trump pudesse obter o apoio de Netanyahu e Gantz para o plano, isso ajudaria a fornecer algum impulso à iniciativa. Uma autoridade dos EUA disse que o presidente quer o acordo de ambos os líderes antes de anunciar os termos da proposta.

A lógica por trás da busca do apoio dos dois políticos israelenses é garantir que, independentemente do resultado das eleições de 2 de março, o governo de Israel siga alinhado aos EUA, afirmou o alto funcionário. 

O plano de Trump é o produto de um esforço de três anos dos conselheiros Jared Kushner e Avi Berkowitz, além de Jason Greenblatt, que deixou o governo no outono passado.

Trump esperava divulgar a proposta em 2019, mas foi forçado a adiar o anúncio enquanto Netanyahu buscava formar um governo em Israel. 

O plano, que tem mais de 50 páginas, aborda algumas das questões mais difíceis que separam israelenses e palestinos, como o status de Jerusalém —os palestinos querem a parte oriental da cidade como sua futura capital.

Netanyahu, um veterano líder de direita, enfrenta problemas políticos e legais em Israel enquanto se dirige para sua terceira eleição em menos de um ano e foi indiciado por acusações criminais em novembro.

Ele nega qualquer irregularidade.

O principal rival político do atual premiê, Gantz, um ex-general centrista, levantou na semana passada sua objeção à publicação do plano de paz antes das eleições de Israel em março. Ele já havia visto isso como interferência na votação.

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