'Estou de pé e de cabeça erguida', diz Netanyahu no início de julgamento por corrupção
Primeiro-ministro de Israel também enfrenta acusações de suborno, fraude e quebra de confiança
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No primeiro dia do julgamento em que enfrenta acusações de suborno, fraude e quebra de confiança, o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, 70, reafirmou inocência pouco antes de entrar na corte, neste domingo (24). "Estou em pé e de cabeça erguida", disse ele às câmeras de TV.
Netanyahu senta no banco dos réus uma semana após tomar posse, junto com seu ex-rival, Benny Gantz, no governo de união nacional que pôs fim a 500 dias de crise política, marcados por três eleições sem vencedor.
Do partido direitista Likud, o premiê mais longevo da história de Israel diz que as acusações são uma conspiração da esquerda para tirá-lo do poder. Por fraude e quebra de confiança, Netanyahu pode pegar até três anos de prisão. Já por suborno, a sentença pode chegar a dez anos na cadeia e/ou multa.
Acusado em casos que envolvem presentes de amigos milionários e por supostamente ter buscado favores regulatórios para gigantes da mídia local em troca de uma cobertura favorável, o premiê chegou ao Tribunal Distrital de Jerusalém cercado de ministros do seu partido.
Tanto Netanyahu quanto os juízes utilizaram máscaras devido à pandemia de coronavírus, que abala severamente a economia do país.
O julgamento durou uma hora, e a corte liberou o premiê de estar presente em sua próxima audiência, marcada para 19 de julho. Segundo especialistas no judiciário israelense, o desenrolar do processo pode durar meses e até anos.
Apoiadores, alguns de máscaras, manifestaram-se do lado de fora do prédio, com cantos como "Bibi (como ele é chamado), Rei de Israel", que podiam ser ouvidos da sala de audiência. Enquanto muitos levavam bandeiras de Israel, um apoiador segurava cartaz que dizia "você nunca estará sozinho".
Houve também protestos contra o premiê, em frente à sua casa em Jerusalém. Eles levavam placas com a inscrição "Crime Minister" (ministro criminoso, num jogo de palavras com o termo em inglês para primeiro-ministro, "prime minister"). O slogan estava estampado também em algumas máscaras.
Em uma declaração, o procurador-geral Avichai Mandelblit disse que os procuradores "vão continuar seu trabalho sem medo, mesmo com a tentativa absurda –que deve ser rejeitada de imediato– de atribuir motivos obscuros às autoridades policiais".
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