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Descrição de chapéu imigrantes América Latina

Guarda Costeira dos EUA acha 4 corpos de naufrágio na Flórida e suspende buscas

Barco afundado no sábado teria 39 passageiros, segundo sobrevivente; resgate só será retomado com novas informações

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Miami | Reuters

A Guarda Costeira dos Estados Unidos informou, nesta quinta-feira (27), que encontrou mais quatro vítimas do naufrágio de um barco que transportava 39 pessoas e afundou no sábado próximo à costa da Flórida. Com isso, chega a cinco o número de corpos resgatados.

Os socorristas, por outro lado, anunciaram a suspensão das operações de buscas, que só voltarão a acontecer caso cheguem novas informações sobre a possível localização das demais vítimas nas águas. Na quarta (26), um outro corpo já havia sido encontrado.

O incidente ocorreu na noite de sábado, e as autoridades suspeitam que o barco, que partiu da ilha de Bimini, nas Bahamas (a 88 quilômetros de Miami), estivesse sendo usado em uma operação de tráfico de pessoas.

Equipe da Guarda Costeira busca 39 pessoas dadas como desaparecidas depois que um barco virou no Oceano, na costa de Fort Pierce Inlet, na Flórida - Guarda Costeira dos EUA - 25.jan.22/via Reuters

O único sobrevivente só foi encontrado três dias após o naufrágio, agarrado ao casco virado da embarcação, a 64 quilômetros da costa, na região da cidade de Fort Piece.

De acordo com ele, as condições meteorológicas eram adversas e nenhum dos passageiros usava colete salva-vidas. A Guarda Costeira informou que na hora em que se acredita que o naufrágio ocorreu a região tinha ventos de mais de 30 quilômetros por hora e ondas de até três metros.

Ainda segundo o órgão, a embarcação foi encontrada por um rebocador comercial a 160 quilômetros do ponto onde teria ocorrido o acidente.

A nacionalidade do homem resgatado não foi divulgada, e tampouco são conhecidas as origens dos outros desaparecidos ou detalhes sobre os corpos já encontrados. As autoridades disseram que essas informações só serão tornadas públicas após as famílias serem notificadas das mortes.

Nesta quinta, a Guarda Costeira atribuiu a suspensão da operação de resgate à dificuldade de encontrar sobreviventes nas águas turbulentas da região –influenciadas pela corrente marítima do Golfo. "Não achamos provável que mais alguém tenha sobrevivido", disse em entrevista coletiva a capitã Jo-Ann Burdia.

As autoridades americanas também apuram as condições da embarcação e as circunstâncias do naufrágio. Acredita-se que o barco fosse usado por traficantes de pessoas. Anthony Salisbury, agente encarregado do escritório de Segurança Interna em Miami, disse nesta quinta que iniciou uma investigação visando a processar qualquer pessoa que tenha organizado ou lucrado com a operação.

As Bahamas, arquipélago de 700 ilhotas, costumam ser ponto de trânsito para migrantes que querem chegar aos EUA em viagens marítimas arriscadas. Em outro caso nesta quarta, a Guarda Costeira informou ter interceptado um veleiro bahamenho sobrecarregado com 191 imigrantes haitianos, que teriam a Flórida como destino. Cinco dias antes, 32 pessoas foram resgatadas após um barco virar na região.

As travessias de navios de migrantes haitianos tornaram-se mais frequentes com o agravamento de crises econômicas e políticas no país. Em julho, o assassinato do então presidente Jovenel Moïse provocou protestos, com desabastecimento de suprimentos e casos de violência nas ruas.

A situação social foi agravada por um terremoto em 14 de agosto que deixou mais de 2.200 pessoas mortas e cerca de 130 mil casas danificadas. O Haiti ainda sofre com uma consolidada ação de gangues.

Na costa da Flórida também não são raros os incidentes envolvendo imigrantes cubanos. Em maio do ano passado, 12 morreram após a embarcação em que estavam virar próximo a Key West; outros oito foram resgatados com vida na ocasião.

De acordo com a Guarda Costeira, ao menos 557 migrantes da ilha já foram capturados neste ano fiscal, iniciado em outubro de 2021. Nos cinco anos anteriores somados, foram cerca de 7.400 apreensões do tipo. Entre haitianos, já são 159 pessoas interceptadas neste ano fiscal.

Na semana passada, 90 dominicanos foram repatriados depois que três embarcações na região de Porto Rico foram bloqueadas em razão da migração irregular.

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