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EUA prendem chefe da Yakuza acusado de tráfico de drogas e compra de mísseis

Promotores acusam homens de adquirir armamento para rebeldes em Mianmar e no Sri Lanka

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Nova York | Reuters e AFP

Autoridades dos Estados Unidos prenderam nesta semana um homem acusado de ser um dos chefes da máfia japonesa Yakuza, sob acusação de distribuir drogas e comprar armas no país, incluindo os chamados mísseis superfície-ar (SAM, na sigla em inglês), projetados para abater aeronaves.

Takeshi Ebisawa, 57, segundo promotores federais em Nova York, tentou comprar mísseis para grupos rebeldes em Mianmar e no Sri Lanka em conversas com um agente disfarçado do DEA, órgão americano antidrogas. Ele planejava ainda traficar heroína e metanfetamina pelos Estados Unidos e comprar armas para proteger carregamentos de drogas, segundo a queixa divulgada nesta quinta-feira.

Takeshi Ebisawa, chefe da Yakuza, segundo autoridades dos EUA, preso por acusação de tráfico de drogas e de armas em Nova York - Departamento de Justiça dos EUA/Reprodução

Ele foi detido junto com outros três homens, Sompak Rukrasaranee, Somphob Singhasiri e Suksan Jullanan —este último tem dupla nacionalidade tailandesa e americana, enquanto os outros dois são cidadãos tailandeses. Eles podem ser condenados a prisão perpétua, segundo os promotores.

Durante a investigação, Ebisawa disse ao agente disfarçado do DEA que Jullanan era um general da Força Aérea tailandesa e Rukrasaranee, um oficial militar tailandês aposentado, de acordo com a acusação.

Investigados por agentes do DEA na Tailândia desde 2019, os homens organizaram a venda para um agente disfarçado de grandes quantidades de heroína e metanfetamina que viriam do rebelde Exército Unido do Estado Wa, em Mianmar, braço armado do governo da região autônoma da minoria étnica Wa.

Ebisawa, por sua vez, tentou comprar armas automáticas, lançadores de foguetes, metralhadoras e mísseis superfície-ar para os Tigres de Liberação do Tamil Eelam (LTTE), grupo armado do Sri Lanka, e para o Exército Unido do Estado de Wa, o União Nacional Karen e o Exército do Estado Shan, forças armadas das minorias étnicas que lutam contra o governo mianmarense.

Em 3 de fevereiro de 2021, Ebisawa e outro homem viajaram para Copenhague, na Dinamarca, onde um agente disfarçado do DEA e dois oficiais dinamarqueses disfarçados lhes mostraram armas militares dos EUA à venda, incluindo metralhadoras e mísseis antitanque, segundo a acusação.

Eles também exibiram a Ebisawa fotos e vídeos de mísseis Stinger, que podem derrubar aviões. "Ebisawa e seus conspiradores fizeram acordos com um agente disfarçado do DEA para comprar armas pesadas e vender grandes quantidades de drogas ilegais", disse o Departamento de Justiça. "As drogas foram destinadas às ruas de Nova York, e o armamento, a facções de nações instáveis."

O departamento não explicou como os homens chegaram aos EUA quando foram presos em Nova York.

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