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Descrição de chapéu Governo Biden LGBTQIA+

Eleições nos EUA têm marcos históricos para mulheres, negros e LGBTQIA+; veja

País elegeu 1ª governadora lésbica da história, em Massachusetts, e 3º afro-americano, em Maryland

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São Paulo

Mesmo antes de os americanos irem às urnas, as midterms de 2022 —eleição de meio de mandato que renova a Câmara e parte do Senado dos EUA— já eram consideradas históricas em termos de diversidade.

Este foi o pleito com o maior número de candidatas a governos estaduais, com 25 mulheres concorrendo ao posto em 20 estados, ante 16 aspirantes há quatro anos. Também foi a primeira vez em que houve candidatos homossexuais, transgênero e queer em todos os 50 estados. Juntos, eles representaram um aumento de 18% nas candidaturas LGBTQIA+ em relação a 2020, segundo a ONG LGBTQ Victory Fund.

Maura Healey, governadora eleita do Massachussetts, celebra vitória no hotel Copley Plaza, em Boston - Joseph Prezioso - 8.nov.22/AFP

À medida que os resultados das urnas são divulgados, essa tendência a ineditismos no campo da representatividade parece ser confirmada. Massachusetts elegeu a primeira governadora abertamente lésbica da história dos EUA; os estados de Nova York e Arkansas elegeram pela primeira vez mulheres para a chefia de seus Executivos, enquanto o número de governadoras no país cresceu para dez, um recorde; Maryland terá seu primeiro governador negro, o terceiro na história nacional; e o Congresso ganhou seu primeiro membro da Geração Z, isto é, nascido depois de 1996.

Analistas creditam a força de candidatos de comunidades em geral subrepresentadas a dois fatores: o crescimento de medidas contra a comunidade LGBTQIA+ em estados governados por republicanos e a dominância da pauta do aborto no pleito, vista como reação dos eleitores à decisão da Suprema Corte que derrubou o entendimento de que a interrupção voluntária da gravidez era um direito constitucional.

Conheça abaixo alguns dos eleitos que fizeram história nas midterms deste ano:

Maura Healey, governadora eleita de Massachusetts

A procuradora-geral do estado alcançou dois feitos inéditos: é a primeira governadora abertamente lésbica da história dos EUA e a primeira mulher eleita para chefiar Massachusetts —em 2001, Jane Swift chegou ao posto após renúncia do titular. A vitória dela faz com que os democratas retomem o controle do estado após oito anos sob liderança republicana.

Wes Moore, governador eleito de Maryland

O democrata de 44 anos será o primeiro governador negro do estado e o terceiro eleito na história do país —os primeiros foram Douglas Wilder (1990-1994), na Virgínia, e Deval Patrick (2007-2015), em Massachusetts. Com trajetória no mercado de investimentos, ele também é escritor e produtor de televisão e substituirá o popular Larry Hogan, de sua mesma legenda. Moore derrotou o republicano Dan Cox, apoiado pelo ex-presidente Donald Trump e negacionista das eleições de 2020.

Sarah Sanders, governadora eleita do Arkansas

Porta-voz da Casa Branca no governo Trump, a republicana de 40 anos será a primeira mulher a governar o estado. O triunfo tem simbolismo: ela é filha de Mike Huckabee, que liderou o Arkansas por uma década.

Kathy Hochul, governadora eleita de Nova York

A democrata de 64 anos havia assumido o comando de Nova York depois que Andrew Cuomo, de quem era vice, renunciar no rastro de acusações de assédio sexual. Eleita com quase 53% dos votos, a advogada se tornou a primeira governadora mulher eleita do estado, tradicionalmente progressista.

Markwayne Mullin, senador eleito por Oklahoma

O deputado republicano de 45 anos é da etnia Cherokee e se tornou o primeiro indígena no Senado em quase duas décadas.

Becca Balint, deputada eleita por Vermont

Até a eleição da democrata para a Câmara dos Representantes, seu estado, Vermont, era o único dos EUA a jamais ter eleito uma mulher para o Congresso. Balint também é a primeira candidata abertamente homossexual a ser escolhida para representar a unidade federativa na Casa.

Maxwell Frost, deputado eleito pela Flórida

O ativista de 25 anos é o primeiro membro da Geração Z, como são conhecidos os nascidos após 1996, a ganhar um assento no Congresso. A idade média da Câmara, Casa para a qual ele foi eleito, é de 58 anos.

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