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Descrição de chapéu Rússia

Veja a cronologia de 25 anos de Vladimir Putin no poder

Líder foi nomeado premiê no dia 9 de agosto de 1999 e nunca mais saiu do Kremlin

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São Paulo

O presidente Vladimir Putin ascendeu ao poder na Rússia há 25 anos, em 9 de agosto de 1999, quando era um desconhecido integrante dos serviços de segurança do seu país e foi indicado para ocupar o posto de primeiro-ministro do governo de Boris Ieltsin.

Vladimir Vladimirovitch Putin nasceu em 1952 em Leningrado, hoje São Petersburgo. Foi recrutado pela antiga KGB, na qual chegou a tenente-coronel e foi postado por um tempo em Dresden, na então Alemanha Oriental. Era, segundo disse um antigo superior seu à Folha, um agente medíocre.

Putin anuncia a invasão da Ucrânia em pronunciamento na TV russa, em 24.fev.2022 - Reuters

De volta à cidade natal no ocaso soviético, virou braço-direito do prefeito reformista Anatoli Sobtchak, que morreu precocemente. Foi levado a Moscou para a cozinha do Kremlin, ascendendo a chefe do FSB, principal serviço herdeiro da KGB, em 1998.

Sua história política à frente da Rússia começa no ano seguinte, que o consolidou na prática como o czar do século 21 do maior país e potência nuclear do mundo, conforme a linha do tempo a seguir:

PRIMEIRO MANDATO: ASCENSÃO

1999 É escolhido primeiro-ministro por Boris Ieltsin e comanda a segunda guerra da Tchetchênia, esmagando os separatistas. Em 31 de dezembro, assume a Presidência com a renúncia de Ieltsin.

2000 Em março, é eleito presidente, aos 47 anos. Enfrenta crises no início, como o desastre do submarino Kursk.

2001 Primeira tensão com os EUA, com a expulsão mútua de 50 diplomatas acusados de espionagem.

2002 Crise de reféns feitos por tchetchenos em um teatro de Moscou acaba com 130 mortos durante ação autorizada por Putin.

2003 Começa o controle da mídia eletrônica, com a tomada de canais independentes pelo Estado.

SEGUNDO MANDATO: CONSOLIDAÇÃO

2004 Putin se reelege e aumenta o poder, acabando com eleições para governadores. Prisão de oligarca do petróleo Mikhail Khodorkovski consolida nova ordem econômica.

2005 Em discurso, diz que o fim da União Soviética foi o maior desastre geopolítico do século 20 por separar cidadãos russos em vários países.

Mulher segura foto de Anna Politkovskaia em protesto nos dez anos da morte da jornalista - AFP

2006 Anuncia programa de "armas invencíveis", que viraram realidade a partir de 2018. Jornalista opositora Anna Politkovskaia é assassinada. Espião dissidente Alexander Litvinenko morre envenenado em Londres.

2007 Consolida o poder do seu partido, o Rússia Unida, em eleições parlamentares. Em Munique, profere o discurso que marca o fim de sua aproximação com o Ocidente.

PREMIÊ DE NOVO: INTERVALO

2008 Elege Dmitri Medvedev como presidente, mas fica no comando como premiê novamente. Em agosto, Rússia trava guerra com a Geórgia e sustenta dois encraves russos no país.

Então premiê, Putin passeia sem camisa a cavalo em Tuva, no sul da Sibéria - RIA/Reuters

2009-2011 Percorre o país e enche a mídia de imagens de vitalidade, cavalgando sem camisa e praticando esportes. Rússia tem período de distensão com os EUA, assinando novo tratado de controle de armas.

TERCEIRO MANDATO: EXPANSÃO

2012 Elege-se presidente, trocando de posto com Medvedev, e enfrenta enormes protestos em Moscou. Mistura repressão e concessões para acalmar a situação. Mandato presidencial é estendido a seis anos.

2013 Após 30 anos, separa-se da mulher, Ludmila. Blogueiro opositor Alexei Navalni é condenado por suposto crime fiscal, sentença que o levaria à cadeia depois.

2014 Reage à queda do aliado em Kiev anexando a Crimeia e gerando a guerra civil na região do Donbass. Rússia sofre sanções ocidentais.

2015 Intervém na guerra civil da Síria, salvando o regime do ditador aliado Bashar al-Assad. Político opositor Boris Nemtsov é assassinado em Moscou.

2016 Começam as acusações de ter interferido com hackers em favor de Donald Trump na eleição americana.

2017 Virtual destruição do Estado Islâmico na Síria, com ajuda russa. Protestos liderados por Navalni ocorrem em todo o país.

QUARTO MANDATO: OFENSIVA

2018 Envenenamento de um espião dissidente russo no Reino Unido gera crise. Putin se reelege para o quarto mandato. Copa do Mundo ocorre na Rússia com sucesso.

Junto do presidente da Fifa, Gianni Infantino, Putin acaricia o troféu do torneio vencido pela França na Rússia - AFP

2019 EUA deixam tratado de armas nucleares na Europa. Putin fortalece aliança com a China e vende armas sofisticadas para a Turquia, gerando crise. Novos protestos pedem lisura nas eleições locais.

2020 Muda a Constituição com um referendo que o permite disputar mais duas eleições. Navalni é envenenado na Sibéria e levado para a Alemanha.

2021 Navalni volta à Rússia e é preso. Protestos são reprimidos, marcando o endurecimento do governo. Putin publica texto falando sobre a "unidade histórica" da Rússia e da Ucrânia, que cerca com manobras militares. Faz ultimato ao Ocidente para evitar adesão de Kiev à Otan, e é ignorado.

2022 Putin invade a Ucrânia, mas fracassa em tomar o país. Novas leis criminalizam de vez o dissenso de opinião na Rússia. Sanções ocidentais duras punem o governo, que busca alternativas comerciais com China, Índia, Brasil e outros. Aprofunda relação com Pequim.

2023 Putin tem a prisão decretada pelo Tribunal Penal Internacional. Em junho, enfrenta um motim de mercenários contra sua cúpula militar, que foi debelado em dois dias e viu seu líder morrer numa explosão em seu avião depois. Contraofensiva de Kiev fracassa.

QUINTO MANDATO: ZÊNITE

2024 Navalni morre numa prisão no Ártico. Putin se reelege e enfrenta um atentado de radicais islâmicos que matou 144 pessoas em um teatro de Moscou. Rússia toma a iniciativa na guerra e apresenta termos para a paz que incluem tomar 20% da Ucrânia. No Oriente Médio, Putin apoia o Irã contra Israel. Na Ásia, faz pacto de defesa mútua com a Coreia do Norte.

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