A cúpula da força terrestre busca formas de contornar a boa avaliação do militar para justificar veto a promoção a coronel. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid recebeu a nota de seu chefe mesmo afastado do Exército e tendo ficado preso por quatro meses. A nota é atribuída aos militares pelo desempenho profissional em 2023.
O conceito, como é chamado internamente, varia de 1 a 6. Anualmente, cada oficial é avaliado pelo seu chefe direto, e o resultado é incluído na ficha do militar —sendo um dos critérios avaliados para as promoções ao longo da carreira. Mauro Cid esteve de fevereiro a maio de 2023 no Comando de Operações Terrestres do Exército.
O cenário de uma possível promoção de oficial-delator é inédito, e a cúpula do Exército avalia que a concessão da terceira estrela de fundo dourado para Mauro Cid geraria um desgaste desnecessário.
Cinco generais ouvidos pela Folha afirmaram que a promoção de Cid está descartada no início do ciclo das promoções. A turma do militar será promovida em três momentos: abril, agosto e dezembro.
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