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Está fora de cogitação o MDB endossar movimento de Elmar e Kassab, diz líder

Lideranças do União Brasil e do PSD passaram a discutir aliança para fazer frente à candidatura do Republicanos

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O líder do MDB na Câmara dos Deputados, Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), diz à Folha que o partido não irá endossar o movimento que tem sido construído entre União Brasil e PSD na disputa pela sucessão de Arthur Lira (PP-AL).

Essa iniciativa ocorre em reação à candidatura do líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), após o presidente do partido, Marcos Pereira (SP), abrir mão de concorrer à eleição da Mesa Diretora. Essa mudança trouxe novos rumos à disputa.

O deputado federal Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), líder do partido na Câmara dos Deputados (ao centro)
O deputado federal Isnaldo Bulhões Jr. (ao centro), líder do partido na Câmara dos Deputados - Marcos Oliveira - 19.abr.23/Agência Senado

Na noite de quarta (4), o presidente do PSD, Gilberto Kassab, se reuniu com o líder da União Brasil, Elmar Nascimento (BA), para tratar de uma eventual aliança entre os partidos para enfrentar Motta —que passou a ser considerado o favorito para receber o apoio de Lira. Elmar é candidato e não pretende desistir. Já o PSD concorre com o líder do partido na Câmara, Antonio Brito (BA), que também não sinalizou que poderá deixar a disputa.

"Está fora de discussão e cogitação o MDB endossar o movimento de União Brasil e PSD na disputa pela presidência da Câmara. A decisão do MDB será dentro do bloco do qual ele já faz parte. Não tem discussão de bloco futuro", diz Isnaldo.

Hoje, PSD, MDB, Republicanos e Podemos integram o mesmo bloco partidário na Casa, com 147 deputados.

Ele afirma que uma eventual convergência entre as demais candidaturas pode ocorrer mais adiante, mas que ela se dará entre os partidos do mesmo bloco. "Eu sigo na decisão dentro do bloco. Nós temos alternativas de candidatos. MDB não tem acordo nem discussão com União Brasil e PSD nesse sentido."

A eleição ocorre em fevereiro de 2025, e Lira não pode se reeleger. Ele tenta transferir seu capital político a um nome de sua escolha. Ao longo dos últimos dias, o próprio Lira deu sinalizações de que apoiaria Elmar, já que eles mantêm relação estreita de amizade.

O cenário mudou, no entanto, com a entrada de Motta, que hoje é visto como um candidato que pode reunir mais apoios, já que tem trânsito entre os partidos na Casa e é apoiado por membros do PT, do governo Lula (PT) e de expoentes do centrão, como o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI).

Deputados governistas afirmam que o Executivo trabalha para que não haja disputas entre parlamentares de sua base aliada no Congresso —e dizem que o governo não tem candidato. Por isso, defendem uma candidatura única.

Isnaldo também defende a união das candidaturas para evitar problemas entre parlamentares do bloco. Ele ressalta ainda que é preciso pensar nas eleições de 2026 neste processo. "É preciso preservar a base do governo e, consequentemente, o processo da reeleição do presidente Lula."

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