Na jornada para a independência financeira, investidores, usualmente, dão maior importância a três fatores: o ponto de partida, o objetivo e o retorno dos investimentos. Já abordei estes fatores nos últimos artigos. Entretanto, há dois outros elementos extremamente relevantes e que usualmente são desprezados. Hoje abordo um destes dois elementos.

Para aqueles que estão lendo a coluna pela primeira vez, chamo sua atenção de que o artigo de hoje faz parte de uma série de artigos sobre a jornada para atingir a independência financeira. Ao final deste texto, incluo os links para os demais artigos da série. Com este aviso, vamos voltar ao assunto de hoje.

Para explicar a relevância deste elemento para a jornada para a independência financeira vou realizar uma analogia.

Imagine que sua independência financeira seja equivalente a uma floresta densa e madura.

Para se chegar a uma floresta densa e madura, você pode iniciar com um pequeno bosque ou uma área limpa. Isto quer dizer que você pode iniciar sua jornada para a independência financeira com algum recurso acumulado ou começar do zero.

Muitos focam apenas em ampliar o retorno dos ativos. Com essa busca, acabam caindo em armadilhas ou falsas promessas.

Imagine que a taxa de retorno dos ativos de sua carteira de investimento seja equivalente à velocidade das árvores que você projeta plantar no seu campo.

Se você tem um pequeno bosque ou planta apenas uma semente, por mais que a velocidade que estas árvores cresçam seja importante para que elas atinjam a maturidade mais rápido, só isso não será suficiente.

Para que sua floresta atinja a densidade desejada, tão importante quanto a velocidade de crescimento das árvores é o número de sementes que você semeia.

Da mesma forma, para que sua independência financeira seja atingida de forma mais breve, tão importante quanto a taxa de retorno dos ativos que você investe é sua capacidade de fazer novos aportes.

Os aportes são peça fundamental para que você atinja seu objetivo mais cedo ou de forma mais conservadora.

Quanto maior seu esforço de poupança, mais você poderá ser conservador nas aplicações para atingir seu objetivo.

A redução de sua capacidade de poupança periódica resulta em maior prazo para atingir sua independência financeira ou em maior necessidade de exposição ao risco como forma de se obter maior retorno na carteira de investimentos.

Em artigo futuro, abordarei a relação entre estes três elementos: capacidade de poupança, prazo para atingir a independência financeira e retorno necessário nos ativos.

Nesse momento, imagino que você esteja pensando: "Falar que se deve poupar é fácil. O difícil é fazer."

Sem dúvida.

Assim, a grande questão que se coloca é como elevar sua capacidade de poupança?

Existem alguns esforços que podem ser colocados em prática para que gradativamente você consiga elevar sua capacidade de investimento. Vou comentar sobre estas práticas no próximo artigo.

Michael Viriato é assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor.

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Caso tenham dúvidas ou sugestões de temas, por favor, fiquem à vontade para enviar por e-mail.

Livro: A Jornada para sua independência Financeira

Sumário

Introdução
Entenda como você alcançará sua independência financeira
Viver de renda é o último passo da jornada para a independência financeira
Estas são as maiores dúvidas sobre a jornada para a independência

Capítulo 1 Construção do plano
O primeiro passo na construção do plano para a independência financeira
Como definir a taxa de retorno em seu plano para a independência?
Descubra qual patrimônio necessário para alcançar sua independência financeira
Na jornada para sua independência, não despreze a importância deste fator