Um dos assuntos mais comentados nas redes sociais nesta quinta-feira (12) é a revelação dos gastos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com cartão corporativo entre 2019 e 2022. Segundo planilhas que agora se tornaram públicas, Bolsonaro gastou R$ 27,6 milhões com o cartão.
As maiores despesas foram com hospedagem. No total, foram gastos R$ 13,7 milhões com hotéis —somente no Ferraretto Hotel, em Guarujá, no litoral paulista, foi pago R$ 1,4 milhão.
Na alimentação, destacam-se os valores de R$ 8.600 gastos em sorveterias, cerca de R$ 480 mil em peixarias e R$ 581 mil em padarias. As despesas foram publicadas em resposta a um pedido feito pela agência Fiquem Sabendo por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação).
O uso dos cartões corporativos pelo governo federal é regulamentado pelo decreto nº 5.355/2005. Apesar de questionável, utilizar o cartão para comprar itens de alimentação não é ilegal.
Embora nas redes a associação seja feita, o fato de os gastos estarem públicos não se relaciona, em princípio, com a revisão de sigilos de 100 anos do governo Bolsonaro.
No Twitter, muitos usuários criticaram os altos gastos do ex-presidente com comida e hospedagem.
Muitos tuítes chamam atenção para o contraste entre os gastos do cartão corporativo e a aparência de simplicidade transmitida pelo ex-presidente.
E também voltou à tona o escândalo da tapioca, de 2008. Na época, o então ministro dos Esportes, Orlando Silva foi questionado por comprar uma tapioca no valor de R$ 8,30 com o cartão corporativo. Em depoimento à CPI dos Cartões Corporativos, ele afirmou que a compra foi um engano e que o valor foi devolvido.
Grande dia para os fofoqueiros.
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