Na iluminação de casa, há quem goste mais das luzes amarelas e quem prefira as brancas. Mas, para decidir entre elas, é importante entender a função de cada uma.
A seguir, veja as dicas do arquiteto Lucas Blaia, do escritório Blaia e Moura Arquitetos, para acertar na escolha.
Luz amarela, neutra e branca
A iluminação amarela, com aparência mais quente, oferece conforto aos olhos e dá maior sensação de aconchego aos cômodos. Já a branca, mais fria, estimula a atenção e é muito utilizada em hospitais, ambientes comerciais e industriais.
Essa temperatura de cor é medida na escala Kelvin (K). Quanto menor, mais amarelado será o tom da iluminação. Quanto maior, mais azulado.
A luz quente tem até 3.000 K. A iluminação neutra fica entre 3.000 K e 5.000 K, e a fria, acima disso. Antes de comprar uma lâmpada, verifique essa informação na embalagem.
Vale destacar que falar que a luz é quente ou fria diz respeito apenas ao seu efeito visual, não à sua capacidade de produzir calor. Lâmpadas de LED, por exemplo, aquecem menos o ambiente, independentemente de serem amarelas ou brancas.
Como usar em casa
Para deixar a iluminação mais aconchegante, o ideal é evitar os tons frios, segundo Blaia. "A luz branca é mais para um hospital. Muitas vezes, nem em um consultório médico a gente usa mais. Ela cria sensação de desconforto e ofusca a visão."
Ele afirma que, em cozinhas e lavanderias, até seria possível utilizar uma luz branca, mas recomenda a neutra, entre 4.000 K e 5.000 K. Para a iluminação principal de quartos e salas, o arquiteto também sugere a luz neutra, com um tom um pouco mais quente. A luz amarelada, entre 2.700 K e 3.000 K, pode ser usada em abajures, arandelas, pendentes, fitas de LED ou luminárias de piso, para promover conforto e relaxamento.
"A iluminação influencia muito no dia a dia do usuário daquele espaço. Então, se você utiliza uma luz muito branca, isso causa estresse. A pessoa não consegue descansar", diz.
Como deixar a iluminação mais aconchegante
Para iluminação central dos ambientes, o arquiteto recomenda os plafons, que distribuem bem a luminosidade por todo o espaço, ou os perfis de LED. Segundo ele, os spots não servem para esse objetivo, porque produzem uma luz focada, que deve ser usada para destacar elementos da decoração.
Uma possibilidade interessante para cômodos com mais de uma função é o uso do dimmer, dispositivo que varia a intensidade da iluminação. Ele permite deixar o ambiente mais escuro para assistir a um filme ou mais claro para receber amigos. Num banheiro, pode intensificar a luz para uma maquiagem ou diminui-la para um banho relaxante.
Vale também criar diferentes cenas de iluminação com abajures, arandelas e fitas de LED (que podem destacar a marcenaria ou uma cabeceira, por exemplo).
Os pendentes oferecem funcionalidade e ajudam a realçar os espaços. Podem ser usados acima áreas de apoio, como bancadas, mesas de cabeceira e de jantar.
Numa mesa de jantar, o pendente deve ficar entre 75 cm e 90 cm acima do tampo, sendo a distância maior para peças mais robustas, que podem atrapalhar o eixo de visão de quem estiver sentado. Numa mesa de cabeceira, a distância ideal é de 30 cm a 50 cm, com o cuidado de que a lâmpada não deve ter uma luz forte exposta diretamente ao rosto da pessoa deitada na cama.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.