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Vidas Atípicas - Johanna Nublat
Johanna Nublat

Pernambuco fará censo de autistas para embasar nova política

Grupo de trabalho foi anunciado no dia da conscientização sobre o tema

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No último domingo, 2, Dia Mundial da Conscientização do Autismo, o governo de Pernambuco anunciou o mapeamento da população do Estado que está no espectro autista e a criação de um grupo de trabalho para elaborar políticas públicas voltadas aos autistas.

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança, Juventude, Prevenção à Violência e às Drogas do Estado, o mapeamento vai ser feito cruzando informações da CipTEA (carteira de identificação de pessoas autistas), do CADÚnico (Cadastro Único) e de um formulário específico aberto no site do governo (que não exige um laudo prévio, ou seja, pessoas que ainda estão buscando um diagnóstico também podem se cadastrar). O formulário estará disponível até 2 de setembro.

Moça dança em frente à plateia durante evento do Dia Mundial da Conscientização do Autismo, em Pernambuco
Evento do Dia Mundial da Conscientização do Autismo, em Pernambuco - Divulgação/Marlon Diego

"Estima-se que existam 2 milhões de pessoas com TEA no Brasil. Entretanto, ainda não há dados oficiais que comprovem este número ou indiquem onde essas pessoas vivem. Dessa forma, o presente mapeamento busca avançar na produção de informações sobre as pessoas com TEA, em Pernambuco, para, assim, construir políticas públicas mais eficientes e inclusivas para a população autista. Considerando as dificuldades existentes para o acesso ao diagnóstico e laudo, o formulário disponibilizado busca identificar também aquelas pessoas que ainda não concluíram esta etapa fundamental para o acesso a diversos serviços e direitos", informou o governo estadual.

O grupo de trabalho também deve identificar quais políticas já existem hoje para autistas no Estado.

A falta de intervenções baseadas em evidência científica ofertadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) já foi tratada nesse blog em textos anteriores.

Em fevereiro, Poliana Martins, mestre e doutoranda em psicologia e cognição pela UFMG, falou sobre como a oferta de intervenções é pontual, dependendo do engajamento de gestores locais, e muito aquém das cargas horárias e abordagens mais eficazes.

No mês passado, Márcia Faria, presidente da Associação Pais, Profissionais e Amigos dos Autistas (AMA) Brusque e Região, contou sobre uma parceria com o governo local para oferecer, via a AMA, terapias para 80 autistas de níveis 1 e 2 de suporte custeadas pelo sistema público.

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