Eduardo Sodré

Jornalista especializado no setor automotivo.

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Descrição de chapéu carro elétrico

Jaguar Land Rover passa por mudança global e planeja produzir carros elétricos no Brasil

Linha de montagem de Itatiaia (RJ) deve abastecer mercados do Brasil e dos EUA

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A JLR —nova assinatura da Jaguar Land Rover— passa por um processo de reestruturação que vai chegar ao Brasil. A montadora, que completa 75 anos em 2023, planeja produzir carros elétricos na fábrica de Itatiaia (RJ).

Além de atender ao mercado nacional, a ideia é transformar a unidade brasileira em um polo de exportação para os Estados Unidos.

Segundo João Oliveira, presidente da JLR no Brasil, a filial está incluída no plano Reimagine. A iniciativa prevê um investimento de 15 bilhões de euros (R$ 82,8 bilhões) nos próximos cinco anos, com foco na eletrificação.

Logomarcas da Jaguar e da Land Rover exibidas em revenda do Reino Unido; empresa passa por reestruturação global - Andrew Boyers/Reuters

Oliveira, que é também presidente da Abeifa (associação que reúne importadores de veículos), afirma que, em março, o tema foi tratado em reunião com Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Inaugurada em 2016, a linha de produção de Itatiaia é uma das mais modernas da empresa no mundo, mas nunca ultrapassou os 10% de sua capacidade. Se operasse em três turnos, seria possível montar 50 mil veículos por ano.

Caso seja convertida para produzir veículos elétricos, a fábrica brasileira seguirá o caminho da planta de Halewood, em Merseyside (Reino Unido). Os primeiros modelos da nova geração de carros "emissão zero" da empresa sairão de lá em 2025.

"Esse investimento permite oferecer nosso futuro elétrico de luxo moderno, desenvolvendo novas habilidades e reafirmando nosso compromisso de zerar as emissões líquidas de carbono até 2039", disse Adrian Mardell, CEO global da JLR, em comunicado divulgado há uma semana.

O tom otimista do executivo contrasta com as dificuldades enfrentadas pela montadora de origem britânica nos últimos anos. Problemas mecânicos recorrentes associados ao alto custo de manutenção mancharam a imagem de seus utilitários esportivos.

A mais prejudicada foi a Jaguar. De acordo com a edição brasileira do site Motor1, as vendas globais em 2022 somaram apenas 61,7 mil unidades. O resultado representa uma queda de 66% em comparação a 2018, ano em que foi registrado o melhor resultado da história da marca.

A saúde financeira, contudo, é garantida pela Tata Motors Limited. A JLR é uma subsidiária integral do grupo indiano, que fechou 2022 no azul após dois anos de prejuízo causado pelos efeitos da pandemia de Covid-19.

A reestruturação da empresa prevê a implementação do conceito conhecido como "house of brands" (casa das marcas). Dessa forma, o que antes se resumia ao nome dos carros passa a identificar uma linha própria de produtos.

Defender e Range Rover terão estilo e logomarcas próprias, enquanto a Land Rover deixará de existir.

A Jaguar seguirá como a referência de luxo da empresa, mas com carros 100% elétricos. O próximo lançamento será um modelo de estilo esportivo e com autonomia para rodar 700 km com uma carga completa das baterias, segundo a fabricante. O preço é estimado em 100 mil euros (R$ 552 mil).

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