Paulo Francis foi um jornalista brilhante e implicante. O caso de Daniel Ortega, que chegou ao poder na Nicarágua no século passado e está agora no quarto mandato, mostra que havia sabedoria na sua implicância.
Nos anos 1990 ele pegava no pé do guerrilheiro sandinista porque, numa passagem por Nova York, ele comprou óculos de grife.
Parecia ranhetice. Era premonição.
O guerrilheiro passou a usar lentes de contato, mas tem a mulher na Vice-Presidência e suas famílias estão bem postas na vida.
A Covid de Trump
Mark Meadows, chefe de gabinete de Donald Trump revelou que o presidente-machão que desafiava o coronavírus foi ao debate com Joe Biden em outubro do ano passado tendo teste positivo para a Covid. Dias depois, levaram-no para o hospital com a taxa de oxigenação do sangue em 86%, indicando perigo para um homem de sua idade.
Melhorou a marca do tempo que se passa para que se conheça o estado de saúde de um presidente americano. A patranha segundo a qual estava tudo bem levou pouco mais de um ano para prevalecer.
Em 1963, depois de levar um tiro na cabeça, o presidente John Kennedy chegou morto ao hospital, mas esse detalhe levou tempo para ser aceito.
Em 1981 o presidente Ronald Reagan tomou um tiro no peito e sua turma espalhou que ele entrou no hospital fazendo piadas. Era mentira. Com um pulmão perfurado, tiraram-no do bico do urubu.
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