Manuela Cantuária

Roteirista e escritora, é criadora da série 'As Seguidoras' e trabalha com desenvolvimento de projetos audiovisuais

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Manuela Cantuária

Manuela Cantuária desaparece após derrota de Jair Bolsonaro

Escritora teria sido vista buscando nova ocupação após a perda de sua principal fonte de piadas

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A assessoria da colunista Manuela Cantuária vem, por meio deste comunicado, pedir desculpas às suas leitoras pela ausência, em caráter excepcional, da autora na coluna de hoje.

O paradeiro da colunista é desconhecido. Alguns garantem que ela passou mais de 24 horas fazendo coreografias duvidosas de jingles de campanha na porta do condomínio Vivendas da Barra, até desmaiar, se tornando recordista no Guinness Book.

Uma denúncia anônima garante que ela se infiltrou em círculos bolsonaristas e está há dois dias vivendo apenas de lágrimas de eleitores derrotados de Jair Bolsonaro. Caso você, que esteja lendo este comunicado, tenha apertado 22 na urna e agora está chorando pelos cantos, fique atento. Se uma mulher na faixa dos 30 usando uma camisa da CBF e um óculos de aviador te abordar implorando para lamber seu rosto, por favor, contate as autoridades.

Ilustração de uma mão segurando um pirulito de estrela brilhando. Fundo vermelho com traços em branco.
Ilustração de Silvis para coluna de Manuela Cantuária - Silvis

Tudo leva a crer que esse comportamento degradante seja reflexo de um problema de dependência química, dado que a substância conhecida popularmente como "bolsolágrima" causa uma deterioração muito rápida da saúde neural de seus usuários.

Sabemos que a masculinidade tóxica dos eleitores bolsonaristas reprime o choro e, nas raras ocasiões em que a substância é liberada, sua alta concentração química representa um perigo para cidadãos vulneráveis que tiveram seus níveis de dopamina profundamente afetados após quatro anos do pior governo da história.

Mas estamos confiantes de que a autora da presente coluna jamais conseguiria lamber o rosto de um bolsonarista —ainda que sua falta de critério para com os homens não chegue a ser uma novidade para ninguém, também não é para tanto.

Fontes alegam ter esbarrado com ela na Lapa, implorando beliscões aos transeuntes para garantir que não estaria sonhando e se realmente é verdade que o pesadelo conhecido como governo Bolsonaro teria mesmo chegado ao fim.

Boatos correm de que a colunista está distribuindo currículos em floriculturas e pet shops, preocupada com a perda de sua principal fonte de piadas: um presidente que se denomina imbrochável e encerra seu último debate com um ato falho —afirmando estar pronto para cumprir mais um mandato de deputado.

Nossa hipótese mais forte, até agora, é que ela esteja de ressaca. É compreensível. Pela primeira vez em quatro anos, o Brasil tem motivos para comemorar.

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