Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Empresários criam movimento 'legalista sem ser extremista' para virar partido e com sonho de Moro candidato

Iniciativa foi batizada Cidadão Democrático de Direito e se opõe à Aliança pelo Brasil

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Empresários da região Sul do Brasil criaram um movimento político "de defesa da Constituição e das instituições brasileiras", com a intenção de transformá-lo em partido para as eleições de 2022 e para o qual o candidato dos sonhos é o ex-ministro Sergio Moro.

A iniciativa foi batizada Cidadão Democrático de Direito e tem como um dos idealizadores Fábio Aguayo, diretor da Abrabar (Associação Brasileira de Casas Noturnas) —entidade que já teve a mulher do ex-juiz, Rosangela Moro, como advogada de defesa, em 2018.

"Ele [Sergio Moro] seria o nosso símbolo, de um estado legalista, que faz a coisa certa", afirma Aguayo, que também já distribuiu folders e usou outdoors na capital paranaense defendendo Moro "contra as fake news".

"Mas o movimento não é para ele [Moro] ser candidato ou lançá-lo a nada, e sim para ter um meio de agregar seus amigos, seguidores, fãs e simpatizantes", diz o empresário. "Nós não somos porta-vozes [do ex-ministro], mas se um dia ele se quiser se aventurar nisso [eleições], vai ter disponível alguma coisa com uma base genuína, não contaminada por partidos", segue Aguayo.

O empresário cita como exemplo antagônico ao seu movimento a Aliança pelo Brasil, projeto de partido encampado pela família do presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores. "[O Cidadão Democrático] é um movimento de apoio à Constituição", diz.

"A ideia [do Cidadão Democrático de Direito] é fazer um contraponto [a outros movimentos políticos], mostrando de que dá para ser legalista sem ser extremista. Foi criado com o objetivo de ter pessoas que não concordam com [os grupos] atuais", explica Aguayo. "O objetivo é lançar um movimento fora do eixo Rio-São Paulo, aqui do Sul, principalmente em Curitiba, que possa levantar essa bandeira."

"Como estão tendo esses movimentos de intervenção [militar], de abaixo o STF [Supremo Tribunal Federal], esses rompantes antidemocráticos, a gente quer fazer um movimento para apoiar as instituições. Elas podem ter os defeitos, mas sem elas a gente não vive."

Aguayo afirma que o grupo está sendo orientado por especialistas em direito eleitoral, e o movimento avalia quando será iniciado o processo de coleta de assinaturas para viabilizá-lo como partido político. "A gente tem que se preparar para tudo nessa vida", diz ele.

Sobre o relacionamento profissional com Rosangela Moro, ele afirma: "Ela defendeu casos pontuais de alvará na prefeitura [de Curitiba]. Foi por seis meses, em uma ação específica."

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