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TCU investiga gastos de Dallagnol com divulgação de 'Dez Medidas Contra a Corrupção'

Ex-procurador afirma que tribunal quer colocar na sua conta 'o dinheiro que foi investido para recuperar R$ 15 bilhões para sociedade'

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O Tribunal de Contas da União (TCU) deve abrir uma nova linha de investigação sobre gastos de procuradores da Operação Lava Jato com diárias e passagens aéreas no período em que trabalharam na força-tarefa que esquadrinhou negócios irregulares na Petrobras.

O então procurador Deltan Dallagnol em audiência no Congresso Nacional
O então procurador Deltan Dallagnol em audiência no Congresso Nacional - Pedro Ladeira -22.nov.2016/Folhapress

ASAS

Auditores estão passando um pente fino nos gastos de Deltan Dallagnol em viagens que ele fez quando coordenava a força-tarefa de Curitiba para divulgar as "Dez Medidas Contra a Corrupção".

ASAS 2

Já foram identificadas visitas a cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza e Porto Alegre, todas bancadas por dinheiro público.

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Nelas, o então procurador participava de reuniões e fazia palestras para divulgar as ideias do grupo sobre o combate à corrupção.

PROJETO

A iniciativa é vista hoje no TCU como o embrião de um projeto político e pessoal que desaguou na candidatura de Dallagnol às eleições parlamentares de 2022. E não como uma atividade relacionada objetivamente às investigações que estavam em curso.

LINHA

O TCU já está investigando o pagamento de diárias de viagens a procuradores que eram de outras cidades mas que, na verdade, moravam em Curitiba na época da Lava Jato. Em sete anos, a operação consumiu R$ 7,5 milhões em passagens aéreas.

LINHA 2

Em vídeo, Deltan Dallagnol afirmou que o TCU "quer colocar na minha conta, quer cobrar de mim e de outros procuradores da Lava Jato, o dinheiro que foi investido para recuperar R$ 15 bilhões para sociedade. Para recuperar isso, a gente trouxe procuradores especialistas de todo o país, pessoas especializadas em lavagem de dinheiro, em combate à corrupção para trabalhar aqui. Para isso, como qualquer empresa paga, foram pagas passagens aéreas para essas pessoas virem trabalhar, dinheiro para eles pagarem hotel, alimentação, como qualquer empresa pagaria."

NADA A VER

Ele diz ainda que não era "administrador do Ministério Público", e que portanto não pode ser responsabilizado pelo pagamento das diárias. "Não mandei pagar diária, não recebi essas diárias, não autorizei", afirmou.


PORTAS ABERTAS

A consultora de moda Donata Meirelles, a advogada e cofundadora do Instituto Desvelando Oris Juliana Souza e a ativista Andrea Mannelli receberam convidados em um evento para arrecadar fundos para a instituição de Souza. O publicitário Nizan Guanaes compareceu ao almoço, que ocorreu na Casa Manioca, em São Paulo, na terça-feira (24). A empresária Lais Trajano esteve lá.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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