O cineasta Fernando Coimbra (de "O Lobo Atrás da Porta") filmou os últimos dias de vida de José Celso Martinez Corrêa, morto na quinta-feira (6) aos 86 anos. Ele pretende transformar o material em um documentário.
Coimbra vinha acompanhando a rotina do diretor teatral desde pouco antes do seu casamento com o ator Marcelo Drummond, no dia 6 de junho. A ideia inicial era fazer um registro da celebração da união do casal.
Com a morte de Zé Celso, o cineasta avalia que ficou "ainda mais importante compilar todas essas gravações em algo maior". "Estamos todos em choque [com a morte], mas quero fazer isso logo", diz.
Após o casamento, Coimbra gravou duas assembleias que foram realizadas no Teatro Oficina, nos dias 19 e 26 de junho.
"O último momento em que eu estive com ele foi quando o Zé recebeu a árvore que a Fernanda Montenegro e a Fernanda Torres deram de presente para ele e para o Marcelo. E estava essa indefinição de onde seria plantado o ipê."
A ideia inicial do dramaturgo era plantar a árvore no terreno ao lado do Oficina —a área foi centro de uma disputa dele com Silvio Santos por 40 anos.
Zé Celso planejava que o local sediasse o Parque do Rio Bexiga, e o ipê dado pelas atrizes seria a primeira árvore do projeto.
Dono do terreno, o Grupo Silvio Santos não concorda e quer construir um empreendimento imobiliário no local.
No dia do casamento, Zé Celso recebeu uma intimação judicial dizendo que não poderia plantar ou fazer nada no terreno, sob risco de ser multado em R$ 200 mil.
Mesmo diante da situação, o cineasta conta que ele não esmorecia. "Ele estava com muita força, muito determinado a levar adiante o projeto do Parque do Rio Bexiga. Achava que era o momento de lutar ainda mais por aquilo."
Integrantes do Oficina já disseram que vão seguir brigando para que o seu desejo seja realizado.
LETRAS
A atriz Mel Lisboa recepcionou convidados no coquetel de abertura da primeira edição do festival literário Arena da Palavra, que ocorreu na noite de quinta (6), no Instituto Artium, em São Paulo. O idealizador e curador do projeto, Marcelo Sollero, compareceu. A editora Cecilia Arbolave passou por lá.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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