O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, disse a ouvidores da polícia que não admitirá violência por parte dos agentes de segurança pública.
A fala foi proferida em uma reunião virtual nesta sexta-feira (18). "Esse ministério não admite o uso indiscriminado da força. Aliás, admite o uso da força nos termos da lei, mas não admite a violência, que é o que a gente tem observado", afirmou o chefe da pasta.
O encontro teve como objetivo a elaboração de ações para o enfrentamento à letalidade policial e o fortalecimento do trabalho das Ouvidorias. "Segurança pública que acha que pode, que acha que existe violentando as pessoas, matando, ameaçando, isso não é segurança pública, é outra coisa, é criminalidade", disse ainda.
O tema voltou à tona após a alta letalidade de operações policiais em São Paulo e na Bahia nas últimas semanas.
Neste mês, uma megaoperação do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) deixou ao menos 18 mortos na Baixada Santista, no litoral paulista. Após denúncias de tortura e violação de direitos humanos, o Ministério Público abriu uma investigação para apurar se houve excesso por parte das forças de segurança.
Já a Polícia Militar da Bahia, estado governado pelo PT, é a que mais mata hoje no Brasil. Os números quadruplicaram, passando de 354 para 1.464 por ano entre 2015 e 2022.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.