Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Mônica Bergamo

PGR espera contribuições de CPI do 8/1 e não descarta denúncia contra Bolsonaro

Expectativa é que documento ajude a otimizar apurações já capitaneadas pelo órgão

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Brasília

O relatório final aprovado pela CPI do 8 de janeiro é aguardado por integrantes da PGR (Procuradoria-Geral da República) que investigam os ataques golpistas ocorridos em Brasília. Há a expectativa de que o documento possa ajudar a esclarecer ou a otimizar apurações já capitaneadas pelo órgão.

Considerando a dimensão dos atos de 8 de janeiro, que reuniu centenas de atores, e a proporção da investigação, acredita-se que o documento da comissão parlamentar mista de inquérito possa ajudar a elucidar pontos analisados pela PGR e até mesmo trazer novas provas que ensejem novos inquéritos.

Parlamentares governistas comemoram a aprovação do relatório da CPI do 8/1, em Brasília - Pedro Ladeira - 18.out.2023/Folhapress

Será necessário paciência, no entanto, uma vez que o relatório elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPI, tem 1.333 páginas e precisará ser lido e filtrado com atenção.

Membros do órgão esperam que o material seja encaminhado para o subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, que coordena o Grupo de Combate aos Atos Antidemocráticos na PGR. A decisão sobre o destino do relatório caberá à procuradora-geral da República interina, Elizeta Ramos, que deve receber o texto nos próximos dias.

Integrantes da PGR a par das investigações do 8 de janeiro ouvidos pela coluna não descartam o oferecimento de uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), um dos 61 indiciados pela CPI.

Eles alertam, contudo, que seria necessário ter em mãos uma prova consistente de seu envolvimento para sustentar a acusação. Do contrário, afirmam, o denunciado pode ser transformado em vítima perante a opinião pública.

Como mostrou a Folha, a senadora Eliziane Gama pediu o indiciamento de Bolsonaro pelos crimes de associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado.

Segundo ela, diferentes fatos mostram "exaustivamente" que o ex-presidente "foi autor, seja intelectual, seja moral, dos ataques perpetrados contra as instituições, que culminou no dia 8 de janeiro de 2023".

A participação de Bolsonaro na teia golpista, segundo a senadora, foi exposta pelo programador Walter Delgatti Neto, o hacker da Vaza Jato, e pela delação premiada de seu principal ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid.

Em depoimento à CPI, Delgatti disse que a campanha de Bolsonaro planejou forjar a invasão de uma urna eletrônica em 2022 e que o próprio ex-presidente pediu que ele grampeasse conversas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).


NOVO MASCARADO

O ator José Loreto no Memorial da América Latina, em São Paulo
O ator José Loreto em ensaio no Memorial da América Latina, em São Paulo - Juliano Simões/Divulgação

Após emplacar dois grandes sucessos na Globo, as novelas "Pantanal" e "Vai na Fé", José Loreto já se prepara para um novo desafio na emissora. Ele será o novo jurado do reality The Masked Singer. "Estou muito animado e quero me divertir", diz ele à coluna. Além disso, Loreto começou a gravar na quinta (19), em São Paulo, o seu novo projeto como ator: uma série para o streaming em que interpretará um jogador. Para o papel, Loreto tingiu o cabelo de loiro e ganhou tatuagens falsas, como as mostradas na foto acima. "Eu estou no momento, talvez, mais próspero e feliz da minha carreira", diz.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.